Uma paciente de Curitiba foi mantida acordada durante uma cirurgia para a retirada de um tumor no cérebro. O procedimento ainda é considerado raro no Paraná. A paciente Daiana Paulmann tem 30 anos e passa bem.
O tumor tinha sete centímetros e foi descoberto há dois meses. Os primeiros sintomas surgiram há um ano, quando o terceiro filho de Daiana nasceu.
Primeiro, ela começou a sentir formigamentos nos braços. Depois, ela teve paralisia em um lado do corpo. A paciente também sofreu uma forte convulsão. O diagnóstico veio por meio de uma tomografia.
No caso de Daiana, o único tratamento possível era a cirurgia. Como o tumor estava instalado em uma área importante do cérebro, os médicos tomaram uma decisão difícil: manter Daiana acordada.
A anestesia permitiu que a paciente não sentisse dor. O procedimento durou cerca de seis horas, e Daiana ficou consciente o tempo todo.
“Não senti dor, não senti nada. Eles ficam o tempo todo perguntando como você está”, disse.
Enquanto a equipe médica retirava o tumor, Daiana conversava com o cirurgião e respondia a estímulos considerados importantes.
Em alguns momentos, os médicos pediram para que a paciente movimentasse alguma parte do corpo.
Os médicos afirmam que a principal vantagem de fazer um procedimento do tipo é a segurança. Enquanto conversam com o paciente, os profissionais conseguem ter a certeza que não afetaram funções do cérebro, evitando sequelas.
O neurocirurgião Carlos Alberto Mattozo explicou que, quando o paciente não responde a um dos estímulos, a equipe sabe exatamente o que fazer e quando parar.
“A gente conta com a informação que vamos obter imediatamente depois da cirurgia. O paciente vai acordar como ele terminou os testes durante o procedimento”, afirmou.
Enquanto isso, já em casa, Daiana comemora o sucesso da cirurgia.
“Vida nova, eu tive uma segunda chance. Aproveito cada instante.”
Fonte: g1.globo.com
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