O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, indicou nesta sexta-feira (29) que, se perder as eleições deste ano, não disputará mais o Palácio do Planalto e acrescentou que colocará “a viola no saco”.
Ciro Gomes deu a declaração ao fazer um discurso na Universidade de Brasília (UnB), onde participou de encontro organizado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Ex-governador do Ceará, Ciro Gomes disputa a Presidência pela quarta vez (também concorreu em 1998, 2002 e 2018) e nunca chegou ao segundo turno.
“Nós temos que colocar em perspectiva que o Brasil precisa discutir finalmente, de forma inadiável, o modelo econômico. Esta é a razão pela qual eu, pela quarta vez, tento ser presidente do Brasil. Claro que, desta vez, chega. Porque, se eu não ganho agora, vou botar a viola no saco porque eu virei o bico falante, o chato, o destemperado”, declarou Ciro Gomes.
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (28) mostrou Ciro em terceiro lugar, com 8% das intenções de voto, atrás de Lula (PT), que aparece com 47%, e de Jair Bolsonaro (PL), com 29%.
Na avaliação do candidato do PDT, “a campanha ainda não começou” e as propagandas na televisão podem ajudá-lo a aumentar o número de eleitores.
“Eu vou mostrar para eles que eu sou o único candidato que consegue derrotar o Lula no segundo turno. Tem ainda 54% do eleitorado que ainda admitem mudar o voto. Eu vou buscar esse eleitorado”, disse.
Também em Brasília, nesta sexta, Ciro Gomes participou de um encontro com representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
No encontro, defendeu maior autonomia para as universidades escolherem os próprios reitores.
Pela Constituição, a instituição de ensino deve encaminhar ao presidente da República uma lista com os três candidatos à reitoria mais votados internamente. Por tradição, o presidente formaliza a escolha do primeiro nome.
No governo atual, porém, o presidente Jair Bolsonaro passou a escolher o segundo ou o terceiro colocados, sob o argumento de que os primeiros da lista eram “militantes”, o que gerou críticas de entidades do setor.
Fonte: g1.globo.com
Divulgar sua notícia, cadastre aqui!