A população brasileira começou a ser recontada, de forma detalhada, nesta segunda-feira (1º). Foi dado início à coleta domiciliar do Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Até o início de novembro, mais de 183 mil recenseadores, devidamente identificados, estarão nas ruas de todos os 5.570 municípios brasileiros. A missão deles é entrevistar um morador de cada domicílio do país. Ao todo, segundo o IBGE, eles visitarão 89 milhões de endereços, sendo residenciais cerca de 75 milhões.
“Não deixaremos ninguém para trás. Mas, para isso, contamos muito com o apoio da cidadã e do cidadão brasileiros”, declarou o presidente do IBGE, Eduardo Rios Neto , que pediu aos para que “recebam o IBGE” em suas casas.
A última contagem da população brasileira foi realizada entre agosto e novembro de 2010. Naquele ano, os brasileiros formavam um contingente de quase 191 milhões de pessoas. As projeções do IBGE sugerem que esse número aumentou em aproximadamente 13% nos últimos 12 anos, elevando para 215 milhões o número de habitantes no Brasil.
O Censo 2022 acontece com dois anos de atraso. Por lei, o levantamento censitário deve ser realizado no país a cada dez anos e, portanto, deveria ter sido feito em 2020, mas foi adiado para o ano seguinte. Já em 2021, precisou sofreu novo adiamento, por falta de orçamento. Após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo federal liberou os R$ 2,3 bilhões solicitados pelo IBGE.
A solenidade de lançamento do Censo 2022 foi realizada, durante a manhã desta segunda-feira, no Museu do Amanhã, localizado na Praça Mauá, no Centro do Rio.
De acordo com o diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, os primeiros questionários foram respondidos, ainda na madrugada, no interior de São Paulo: o primeiro em Limeira e o segundo em São José dos Pinhais.
As informações do Censo são essenciais para a definição de políticas públicas e para a realização de investimentos públicos e privados.
Até o início de novembro, os recenseadores estarão visitando cada um dos domicílios do país, incluindo aldeias indígenas. Além disso, pela primeira vez, os moradores de territórios quilombolas serão contabilizados.
A coleta domiciliar nas áreas indígenas começa em 10 de agosto, e a dos territórios quilombolas, em 17 de agosto.
Segundo o IBGE, os primeiros resultados do Censo 2022 estão previstos para serem divulgados ainda no final deste ano. Outras análises e cruzamentos de dados serão divulgados ao longo de 2023 e 2024.
Segundo o diretor de Geociências do IBGE, Claudio Stenner, o Censo representa a integração entre a informação estatística e geográfica. “É só no Censo que a gente consegue fazer a articulação de três escalas de características: do entorno onde os domicílios estão localizados, dos domicílios em si e das pessoas que vivem nesses domicílios. Então, essa é a única pesquisa em que a gente consegue mostrar a diversidade de situações que existem nas cidades e ter um cenário muito mais completo e integrado do território brasileiro e sua população”, avalia.
Fonte: g1.globo.com
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