Para 60,7% dos eleitores paraenses, o conhecimento sobre a região Amazônica e a defesa da floresta são fatores que influenciam o voto nas eleições de 2022. O dado faz parte de um levantamento do projeto “Amazônia nas Eleições 2022”.
Realizada entre os meses de maio e junho, a pesquisa buscou medir o conhecimento e o pensamento do eleitor que mora nos estados da Amazônia Legal sobre as questões socioambientais. Ao todo, foram ouvidas 2.824 pessoas, sendo 893 apenas no Pará.
A pesquisa abordou os temas que a população do Pará considera prioritários nos debates dos presidenciáveis. Para 88,8% dos eleitores paraenses, a conservação da floresta precisa fazer parte do plano de governo dos candidatos e candidatas à presidência nestas eleições.
Entre os temas mais citados pelos entrevistados estão: combate ao desmatamento (44,7%), preservação da floresta (20,3%), a diminuição das queimadas (14,1%) e o desenvolvimento sustentável (12,8%).
Questões sobre combate ao garimpo ilegal, aumento das áreas de conservação, recursos aos povos indígenas e ribeirinhos, preservação de terras indígenas e exploração ilegal de madeira também fazem parte dos temas que os eleitores esperam que sejam debatidos.
Ainda segundo a pesquisa, 80,4% afirmaram que os povos que vivem na floresta precisam ter seus direitos e vidas respeitados. Para 92,9% conservar a floresta faz bem para a qualidade de vida da população de toda a região amazônica.
O levantamento mediu a percepção dos jovens. Para esse segmento, em todos os estados da Amazônia Legal, a Amazônia é o “coração do mundo”. Para 94,5% dos eleitores de 16 a 24 anos a conservação da Amazônia deve fazer parte dos planos dos candidatos.
O levantamento foi realizado pelo Action Instituto de Pesquisa, a pedido da FAS e com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS).
Para o superintendente geral da FAS, Virgílio Viana, a pesquisa revela de forma inédita que a população amazônida está alinhada com a conservação das florestas, o desenvolvimento socioeconômico da região e a proteção de direitos dos povos indígenas.
Fonte: g1.globo.com
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