Não é mito: quando as temperaturas baixam, as pessoas sentem mais fome por conta do gasto energético maior que o corpo tem para manter o calor.
A professora de nutrição Flávia Auler, da PUC-PR, explica que para manter a temperatura constante, o corpo aumenta a circulação, com maior atividade do coração e pulmões, para que o sangue consiga chegar às extremidades do corpo que costumam ficar expostas, como pontas das orelhas e o nariz.
“Então a gente tem que colocar uma luva, uma touca, tem que proteger a região do nariz para que essas alterações de temperatura não sejam sentidas e que a gente não aumente o trabalho do coração e dos pulmões para fazer a circulação desse sangue todo”.
Ainda segundo Flávia, é importante que as pessoas separem a necessidade corporal de eventuais compulsões alimentares durante as temperaturas mais baixas.
A profissional explica que, fisiologicamente, estudos comprovam que o corpo precisa de mais calorias para compensar a mudança de temperatura, porém, a necessidade não é calórica, mas sim de qualidade.
“Os homens têm uma taxa metabólica maior do que as mulheres, então pode gerar umas 200 calorias a mais no nosso dia. Mas isso não é desculpa para sair comendo de tudo. Os estudos não mostram mais do que 10% de aumento de necessidade calórica”.
Segundo a nutricionista, o ideal é que as pessoas evitem alimentos com poucos nutrientes, porque a tendência é que a fome volte mais rápido.
Em misturas com amido de milho, Flávia sugere, por exemplo, a substituição por farinha de aveia. Proteínas, como ovo, também são importantes.
As sopas, segundo a nutricionista, também são uma boa pedida, por reunirem pedaços de vários alimentos com propriedades diferentes.
“As sopas também são uma boa alternativa porque a gente não vai comer a sopa e outro alimento. A gente vai comer a sopa. A gente tem que desmistificar a sopa… sopa é almoço, sopa é janta, sopa é super nutritiva”.
Fonte: g1.globo.com
Divulgar sua notícia, cadastre aqui!