A ESA, juntamente com outras empresas europeias como a AirBus, foram centrais no desenvolvimento da tecnologia para a nave espacial, que comporta até seis tripulantes.
Em sua primeira viagem, a Orion levará dois manequins, Helga e Zohar, equipados com sensores de medição de radiação.
A longo prazo, o objetivo do Artemis é a colonização de Marte. Schlutz afirma que a Lua é um passo importante, pois será como uma espécie de posto avançado para os exploradores de Marte. A previsão é que até o final desta década esteja concluída a primeira plataforma de pouso lunar, chamada de Campo Base Artemis.
A Administração Espacial Nacional da China e a agência espacial russa, Roscosmos, também têm planos de construir bases próprias na Lua até o início dá década de 2030.
Na Artemis, a base lunar auxiliaria missões por até dois meses e seria usada como um posto avançado para aprimorar tecnologias e condições de vida. A viagem até ela duraria menos de uma semana. Algo impressionante se for considerado o fato de que há apenas 200 anos exploradores europeus passaram a levar cerca de quatro semanas para chegar às Américas.
“O ambiente na Lua é duro. Nosso maior desafio é proteger astronautas da radiação. Queremos construir módulos de habitação com tijolos exteriores de regolito [poeira lunar] para bloquear a radiação”, afirma Aiden Cowley, cientistas de materiais da ESA.
Sistema de administração de recursos, de proteção contra radiação e de coleta de energia serão testados na Lua antes de serem levados para Marte, cuja viagem demora seis meses. Por isso, a Lua se revela o local ideal para os testes destas tecnologias.