O início da gestão de Elon Musk no Twitter tem sido alvo de críticas por especialistas em tecnologia. As reclamações giram em torno da falta de clareza sobre como a empresa será administrada a partir de agora e sobre os planos do bilionário para moderação de conteúdo e o combate às contas falsas.
O g1 perguntou sobre a mudança no comando do Twitter para três participantes do Web Summit, feira de tecnologia e inovação que aconteceu em Lisboa na última semana:
Eles têm dúvidas sobre o que o empresário pretende fazer no comando da empresa e se mostraram céticos em relação ao futuro da rede social.
“Não está claro para mim qual será o modelo de negócios ou como ele vai dar certo”, disse Meredith Whittaker, presidente da Signal Foundation, responsável pelo aplicativo de mensagens Signal, que tem foco em privacidade.
“Eu acho que o que está claro é que confiamos nessas empresas por nossa conta e risco. Porque a qualquer minuto, alguém pode vir e comprá-las, um conselho pode decidir ir em outra direção”, afirmou. “Em qualquer momento, elas têm o poder, nós não”.
Meredith também contesta a ideia de que as redes sociais foram criadas para os usuários interagirem. “Esse é o negócio de publicidade deles, seu gerador de faturamento, sua máquina de lucro”.
“Disseram-nos que é o nosso espaço, nossa praça. E isso obviamente não é verdade”, disse a chefe do Signal, em referência à fala de Musk sobre o plano de criar uma “praça digital comum” para a humanidade.
Musk, que já se declarou como um “absolutista da liberdade de expressão”, dá sinais de que planeja mudar a moderação de conteúdo na rede. Sem citar a concorrência, ele indicou que poderá seguir o modelo adotado pelo Facebook: o de um conselho independente para casos importantes.
Alan Rusbridger, um dos membros do chamado Comitê de Supervisão do Facebook, brincou que não há novidade no plano de Musk. “Ele falou que precisava criar um conselho sobre conteúdo. Então, nós levantamos as mãos e dissemos: ‘Estamos aqui, por que não vem falar conosco?'”, disse em entrevista ao g1.
Fonte: g1.globo.com
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