Uma mulher de 39 anos está sendo julgada por suspeita de matar o ex-padrasto dela na Califórnia. A promotoria tenta provar que a designer de interiores Jade Janks tenha matado o homem, de 64 anos, após descobrir que ele guardava fotos íntimas dela em seu computador, sendo que uma delas era usada como proteção de tela.
O corpo de Thomas Merriman foi encontrado em janeiro de 2021, sob uma pilha de lixo em Solana Beach. A mãe de Janks se divorciou de Merriman em 2008, após vários casos de violência doméstica, mas a designer e o ex-padrasto continuaram mantendo o vínculo, conforme mostrou o tabloide britânico Daily Mail.
O julgamento de Jade começou nesta semana no Tribunal Superior da Califórnia. Ela se declarou inocente de matar Merriman, cofundador da organização sem fins lucrativos Butterfly Farms, cujo foco é a conservação de borboletas nativas da Califórnia. Promotores, no entanto, acreditam que Janks tenha dopado o ex-padrasto com calmantes e o estrangulado até a morte.
“Não foi um acidente”, disse o vice-promotor distrital do condado de San Diego, Jorge Del Portillo, de acordo com o The San Diego Union-Tribune. “Este foi um assassinato planejado”.
As fotos foram encontradas por Janks enquanto.
ela limpava o apartamento de seu ex-padrasto, na época hospitalizado. As autoridades afirmam que os registros foram feitos há mais de uma década, de forma consensual pelo então namorado da designer. Não está claro como elas chegaram à posse de Thomas.
Mensagens presentes no celular de Jade, trocadas com amigos e acessadas pelas autoridades, revelam supostos detalhes do crime. “Ele está acordando”, dizia um dos textos, de acordo com a NBC San Diego. “Eu realmente não quero ser a única a fazer isso”, emendou.
“Estou prestes a bater na cabeça dele quando ele acordar”, dizia outro. “Eu não posso carregá-lo sozinha e não posso colocar um corpo no meu porta-malas. Eu não sou forte o suficiente”, continuou.
Figura-chave no julgamento, Adam Siplyak, um dos amigos com quem Jade trocou mensagens, foi à casa da designer após o ocorrido, mas se recusou a ajudá-la a se livrar do corpo. No dia seguinte, Siplyak foi à polícia relatar o ocorrido.
Apesar das evidências, os advogados de Janks argumentam que a cliente não matou Merriman. Segundo eles, o cofundador da Butterfly Farm morreu por problemas de saúde e devido a medicamentos receitados para tratamento após sua hospitalização. “Você não encontrará nenhuma evidência de que ele foi estrangulado até a morte”, disse o advogado de Janks, Marc Carlos, ao júri.
O julgamento deve ser concluído nesta semana. Se condenada, Janks pode ser sentenciada à prisão perpétua.
Fonte: uol.com.br
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