Apesar de a ideia agradar lideranças do MDB, a senadora Simone Tebet (MS) rejeita assumir o Ministério do Planejamento no governo Lula. A interlocutores a emedebista avisou, nas últimas horas, que a chance de ela aceitar a proposta é “zero”.
Tebet discutirá seu possível espaço no novo governo nesta sexta-feira (23/12), quando se reunirá com o presidente eleito em Brasília. Na quinta-feira (22/12), Lula se encontrou com dirigentes do MDB, como o presidente da sigla, Baleia Rossi.
No encontro, do qual também participaram os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), Lula revelou a proposta a Tebet: ou assumir o Ministério do Planejamento, ou chefiar a pasta do Meio Ambiente.
Sobre a possibilidade de ser ministra do Meio Ambiente, Tebet coloca algumas condições. Para topar, a senadora avisou aliados que Marina Silva (Rede) teria de abrir mão do posto e aceitar ser nomeada como chefe da autoridade climática.
Visibilidade
Apesar da indisposição de Tebet em relação ao Ministério do Planejamento, caciques do MDB dizem ver com bons olhos a ideia de a senadora assumir a pasta. Internamente, líderes da sigla defendem que a correligionária aceite o convite de Lula.
Para esses emedebistas, o ministério na área econômica trará a visibilidade desejada pela senadora. Especialmente porque será a pasta que cuidará do Orçamento da União, com uma posição de protagonismo junto ao Ministério da Fazenda.
A pasta desejada por Tebet inicialmente era o Ministério do Desenvolvimento Social, que cuidará do programa Bolsa Família. Entretanto, Lula entregou a pasta para o ex-governador e senador eleito pelo Piauí Wellington Dias (PT).
Outros ministérios
Além do espaço de Tebet, o MDB deve ter outros dois ministérios. Um para a bancada do Senado e outro para a da Câmara. Entre os senadores, o nome mais cotado é o de Renan Filho (AL). Ele deve ser indicado para o Ministério dos Transportes.
Já a bancada da Câmara deve ficar com a pasta de Cidades. O nome defendido pelos deputados é o de José Priante (PA), mais antigo parlamentar do MDB em atuação. Lula, porém, ainda não bateu o martelo sobre o nome de Priante.