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Mandato de Prates como presidente da Petrobras irá até 2025, define companhia

Indicado por Lula, Jean Prates estava no comando interino da empresa desde janeiro. Conselho Administrativo também elegeu sete diretores executivos.

O Conselho de Administração da Petrobras definiu que o mandato de Jean Paul Prates como presidente da companhia irá até 2025. Além disso, sete nomes foram eleitos para compor para a Diretoria Executiva. A empresa publicou um comunicado com as informações na noite desta terça-feira (22).

De acordo com a Petrobras, o mandato de Jean Prates como presidente da empresa irá até 13 de abril de 2025. Ele foi indicado pelo presidente Lula e havia assumido o comando interino da companhia em janeiro.

Já em relação aos membros da Diretoria Executiva, os seguintes nomes foram escolhidos pelo Conselho de Administração:

  • Sergio Caetano Leite para o cargo de diretor executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores;
  • Joelson Falcão Mendes para o cargo de diretor executivo de Exploração e Produção;
  • Carlos José do Nascimento Travassos para o cargo de diretor executivo de Desenvolvimento da Produção;
  • Claudio Romeo Schlosser para o cargo de diretor executivo de Comercialização e Logística;
  • William França da Silva para o cargo de diretor executivo de Refino e Gás Natural;
  • Clarice Coppetti para o cargo de diretora executiva de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade;
  • Carlos Augusto Burgos Barreto para o cargo de diretor executivo de Transformação Digital e Inovação.

Os mandatos dos novos diretores executivos começam no dia 29 de março e vão até abril de 2025. A Petrobras informou que os nomes indicados para compor a diretoria passaram por procedimentos internos de governança corporativa.

Quem é Jean Prates?

O novo presidente da petroleira é advogado, economista, ambientalista, empreendedor e dirigente sindical, segundo a sua própria biografia.

  • Tem mais de 25 anos de trabalho nas áreas de petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia renovável e recursos naturais.
  • Na área de petróleo, participou da assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro), no final da década de 1980. Em 1991, fundou a primeira consultoria brasileira especializada em petróleo.
  • Prates ainda trabalhou na regulação dos setores de petróleo, energia renovável, biocombustíveis e infraestrutura nos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula.
  • Ele também foi secretário de Estado de Energia e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Norte.
  • Em 2014, foi eleito primeiro suplente da senadora Fátima Bezerra (RN) para o período 2015-2022. Em janeiro de 2019, assumiu a cadeira de senador pelo Rio Grande do Norte, com a eleição e posse de Bezerra.
  • Como senador, foi vice-presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa e da Frente em Defesa da Petrobras.
  • Prates cursou direito na UERJ e economia na PUC-RJ. Nos Estados Unidos, tornou-se mestre em Planejamento Energético e Gestão Ambiental pela Universidade da Pennsylvania.
  • Na França, concluiu mestrado em Economia de Petróleo e Motores, pelo Instituto Francês do Petróleo.
  • Botafoguense, foi diretor de futebol do Alecrim Futebol Clube em 2015.

O que pensa Prates

No fim de dezembro de 2022, em entrevista após reunião com Lula em Brasília, Prates defendeu mudança na política adotada pela Petrobras para a definição dos preços dos combustíveis.

Em uma de suas falas, Prates disse que a estatal precisa ir além de explorar o pré-sal e pagar dividendos aos acionistas.

  • Ele defende que a estatal diminua a distribuição de dividendos para reforçar o caixa da companhia e alavancar os investimentos, em especial em refinarias.
  • O senador também quer que a Petrobras foque sua atuação futura em energias renováveis, diante das metas de redução de combustíveis fósseis em todo o mundo.
  • Durante a transição de governo, também defendeu um mecanismo para amortecer preços de combustíveis em momentos de alta do valor do petróleo.
  • Segundo o petista, uma das possibilidades seria a implementação de um “colchão de amortecimento”, ou seja, a instituição de um subsídio para que os valores cobrados dos consumidores possam ser menores.
  • Ele também é crítico da atual política de preços da Petrobras, atrelada à variação do dólar e do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
  • Porém, prometeu que não haverá nenhuma medida intervencionista na Petrobras. Disse que as mudanças serão discutidas pelo conselho de administração.

Fonte: g1.globo.com



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