Nasceu no último dia 25 de maio, na Suécia, o primeiro bebê gestado em um útero que havia sido transplantado por robôs. A cirurgia foi considerada uma evolução na medicina, uma vez que o transplante de útero realizado por robôs é mais preciso e menos invasivo do que a cirurgia feita por médicos e provou ser efetivo para manter uma gravidez.
A receptora do útero, uma mulher de 35 anos, teve uma gestação sem complicações. O útero dela havia sido doado por uma familiar em 2021.
O bebê nasceu fruto de uma cesariana planejada, com 38 semanas. Ele tinha 49 centímetros e pesava 3,1 quilos ao nascer.
O transplante de útero, tanto o realizado por humanos como por máquinas, é uma tratamento experimental para dar a possibilidade de gestação a mulheres que perderam a funcionalidade do órgão ou não nasceram com ele.
A novidade do caso divulgado pelos médicos suecos é a realização do procedimento por robôs. A cirurgia de transplante ocorreu em outubro de 2021.
Na cirurgia feita por robôs, o útero pode ser retirado pela vagina e implantado com uma pequena incisão na receptora. Os robôs, claro, não trabalham sozinhos. Com manches parecidos com os controles de um videogame, são médicos que operam as câmeras e os bisturis de alta precisão.
Apenas 10 meses depois do procedimento, o embrião foi inserido na receptora. A fertilização ocorreu in-vitro (FIV), com as células reprodutivas dela e de seu marido.
Em comunicado, os médicos da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, comemoraram o feito. “Com a técnica assistida por robô é possível realizar procedimentos que antes eram considerados impossíveis de realizar com a cirurgia convencional. É um privilégio fazer parte da evolução neste campo com o objetivo geral de minimizar o trauma da paciente”, disse o médico responsável pelo transplante, Niclas Kvarnström.
“Com a cirurgia assistida por robô, podemos realizar cirurgias de precisão alta. A técnica oferece um acesso muito bom para operar profundamente na pelve. Esta é a cirurgia do futuro e estamos orgulhosos e felizes por termos conseguido desenvolver transplantes uterinos a este nível técnico minimamente invasivo”, completou a chefe do departamentento de obstetrícia, Pernilla Dahm-Kähler, que também participou do procedimento.
Fonte: metropoles.com
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