Estado faz parte dos 10 maiores polos cacaueiros do mundo.

O cacau é um fruto e a principal matéria-prima do chocolate. Dados da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), mostram que a produção de chocolate no país alcançou 511 mil toneladas em 2021. Isso se deve ao fato de que as lavouras do norte prosperaram no país em função do clima e do solo rico em nutrientes serem favoráveis à produção na região amazônica.

No Norte, a produção do fruto ficou em 150 mil de acordo com a Embrapa. Somente o Pará foi o responsável por 96% de toda produção regional. O estado nortista é o maior produtor nacional de cacau e gerou R$ 1,8 bilhão em 2020. No mesmo ano foram movimentados no País cerca de R$ 3,5 bilhões com a comercialização do fruto.

Aproximadamente 70% do cultivo são feitos em áreas degradadas, em sua maioria por agricultores familiares e em sistemas agroflorestais.

Em porcentagem, o Pará produz 50% do cacau brasileiro e está entre os dez maiores polos cacaueiros do mundo. Natural das áreas de várzea, o cacau é manejado há mais de 400 anos na região do Baixo Tocantins, mas foi na região da Transamazônica, com os plantios em terra firme, que essa cultura ganhou maior expressão.

Cerca de 80% da produção de cacau do estado está na região da Transamazônica, do município de Novo Repartimento até Uruará, sendo Medicilândia o epicentro do pólo cacaueiro do Pará. Outros municípios que se destacam são Altamira, Placas, Anapu, Brasil Novo, Vale do Xingu, Tucumã e Tomé-Açu.

Projeto Tipix

Os agricultores familiares que trabalham com o cacau e outras culturas da região amazônica são o foco do Projeto Tipitix, que visa a promoção de soluções de desenvolvimento sustentável na Amazônia. Desde 2021, o projeto já apoiou 43 empreendedores, de 21 comunidades de Barcarena, lançando 54 produtos no mercado. Entre eles estão três empreendimentos liderados por mulheres que trabalham com a cadeia produtiva do cacau, em Barcarena.

O Tipitix é uma realização do Fundo de Sustentabilidade Hydro (FSH) e da Fundação Mitsui Bussan do Brasil, voltado para o Empreendedorismo Agroalimentar Comunitário, visando à promoção de soluções de desenvolvimento sustentável na Amazônia. O FSH, organização sem fins lucrativos, foi instituída em 2019 com o compromisso conjunto das empresas Hydro, Albras e Alunorte. Somente em 2022, o Fundo investiu R＄ 5,5 milhões em projetos e ações sociais.