Os eleitores de Ohio rejeitaram de forma contundente uma manobra republicana para emendar a Constituição do estado antes da votação em novembro para garantir o acesso ao aborto.
A medida, conhecida como Questão 1, fracassou nas urnas, numa vitória clara para os grupos de defesa dos direitos reprodutivos. Se aprovada, a proposta teria aumentado de uma maioria simples para 60% o limite dos votos necessários para alterar a Constituição por referendo popular.
Manobras parecidas foram rechaçadas anteriormente por eleitores de estados de tendência conservadora, como Kansas, Michigan e Kentucky, num indício de que a maioria dos americanos é amplamente favorável às proteções do aborto, como apontam as pesquisas de opinião.
Os defensores dos direitos à interrupção da gestação obtiveram vitórias nos seis estados que apresentaram essas medidas. Em Ohio, que nas duas últimas eleições votou em Donald Trump, não foi diferente.
Os eleitores perceberam a artimanha arquitetada por líderes republicanos como um movimento para inviabilizar um referendo programado em novembro para consagrar o direito ao aborto na Constituição estadual.
A votação foi maciça nesta terça-feira (8), a despeito de agosto ser mês de férias no Hemisfério Norte. Com 97% dos votos apurados, o “não” à proposta de emenda à Constituição venceu por 56,7% contra os 43,3% que se mostraram favoráveis.
“A democracia venceu”, reagiu o presidente Joe Biden.
Após a derrota judicial na Suprema Corte, no ano passado, ele ressaltou que somente o eleitor teria poder para responder, com o voto, à derrubada do direito ao aborto. O apelo de Biden parece ter surtido efeito.
Fonte: g1.globo.com
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