Provas serão aplicadas nos dias 5 e 12 de dezembro em todo o país. De acordo com o Inep, 3,9 milhões de pessoas estão inscritas no exame.
Falta exatamente 1 mês para o primeiro domingo de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, que acontece em 5 e 12 de novembro em todo o país.
Neste ano, mais de 3,9 milhões de pessoas estão inscritas, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Nesta reportagem, o g1 reúne todas as informações que os estudantes precisam saber sobre o exame, como datas, horários, o que pode e o que não pode levar e dicas sobre o conteúdo das provas e a redação. Confira abaixo:
Datas das provas
Após duas edições com versões impressa e digital, em 2023 o exame volta a ter apenas a versão impressa que será aplicada nos dois primeiros domingos de novembro.
5 de novembro
45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol);
45 questões de ciências humanas e
redação.
12 de novembro
45 questões de matemática.
45 questões de ciências da natureza.
Veja os horários de aplicação (no fuso de Brasília):
Abertura dos portões: 12h
Fechamento dos portões: 13h
Início das provas: 13h30
Término das provas no 1º dia: 19h
Término das provas no 2º dia: 18h30
O candidato só poderá sair com o Caderno de Questões nos últimos 30 minutos que antecedem o término da prova.
Locais de prova
O local do exame será informado no cartão de confirmação da inscrição, que é disponibilizado pelo Inep na página de participante (https://enem.inep.gov.br/participante/) cerca de duas semanas antes das provas.
Após consultar o cartão de confirmação, as dicas são:
pesquisar o endereço do seu local de prova.
verificar a distância e o tempo de deslocamento.
se possível, simular o percurso em um domingo, quando o trânsito e o transporte público têm fluxos diferentes.
O portão fecha às 13h, mas a orientação do Inep é chegar às 12h no local de prova.
No cartão de confirmação, o candidato também pode confirmar o idioma escolhido para a prova de língua estrangeira (inglês ou espanhol), datas do exame e solicitações de atendimento especializado (como adaptações para pessoas com deficiência).
O Inep recomenda que o candidato imprima o documento e o leve no dia do Enem, mas isso não é obrigatório.
O que levar no dia da prova
RG ou outro documento oficial com foto (documentos digitais também são válidos);
Álcool em gel;
Máscara de proteção facial (só não é obrigatória em locais que liberaram o uso em ambientes fechados);
Caneta esferográfica transparente com tinta na cor preta (leve pelo menos duas para o caso de uma falhar);
Cartão de confirmação de inscrição;
Lanche (ideal é levar alimentos que deem energia, como chocolates, castanhas e barras de cereal) e água em garrafa transparente (a embalagem não deve ter rótulo). O lanche poderá ser vistoriado pelo fiscal de sala.
Dica: Como são cinco horas e meia de exame, é recomendado que o candidato vá com uma roupa confortável e calçados que não apertem.
Exemplos de documentos digitais de identificação que serão aceitos pelo Inep:
e-Título,
Carteira Nacional de Habilitação (CNH) Digital; e
RG Digital.
Atenção: O candidato deve apresentar o aplicativo oficial ao fiscal — capturas de tela não serão válidas. Após a entrada na sala de aula, o uso do celular continuará vetado.
O que não levar no dia prova
Telefones celulares, calculadoras ou qualquer equipamento eletrônico devem ser desligados e guardados no envelope porta-objetos antes de entrar na sala de provas. Caso algum som seja emitido dos aparelhos durante a prova, o candidato será eliminado;
Qualquer dispositivo que receba imagens, vídeos ou mensagens;
Óculos escuros, bonés, chapéus, viseiras ou gorros;
Bebidas alcoólicas, cigarro e/ou drogas ilícitas.
Atenção: O envelope porta-objetos, lacrado e identificado, deve ser mantido debaixo da carteira desde o ingresso na sala de provas até a saída definitiva do local de provas.
A partir das 13h (horário de Brasília), é permitido ir ao banheiro, mas desde que acompanhado pelo fiscal.
Fiquei doente no dia de prova. O que devo fazer?
O candidato que estiver com uma das doenças infectocontagiosas listadas abaixo não deverá comparecer ao local de prova e precisará pedir a reaplicação do exame, comprovando a condição (veja detalhes no próximo tópico).
Confira a lista de doenças infectocontagiosas previstas no edital do Enem:
Tuberculose;
Coqueluche;
Difteria;
Doença invasiva por Haemophilus influenzae;
Doença meningocócica e outras meningites;
Varíola;
Varíola dos macacos (monkeypox)
Influenza humana A e B;
Poliomielite por poliovírus selvagem;
Sarampo;
Rubéola;
Varicela; e
Covid-19.
O que fazer se perder um dia de prova?
O candidato que perder um dos dias de prova por motivo previsto no edital poderá pedir reaplicação do exame exclusivamente do dia perdido. A nova data deve ser em dezembro, quando é aplicado o Enem para pessoas privadas de liberdade (Enem PPL).
O pedido deve ser feito em até cinco dias úteis após o último dia de aplicação convencional, que é dia 12 de novembro. As solicitações serão julgadas individualmente pelo Inep. O direito à reaplicação é válido somente em certas situações, como por problema logístico ou em caso de doenças infectocontagiosas, que precisarão ser comprovadas pelos candidatos.
Atenção: O Inep alerta ainda que o participante que alegar indisposição ou problemas de saúde durante a aplicação e não concluir as provas ou precisar ausentar-se do local de provas não poderá retornar à sala de provas para concluir o exame e não poderá solicitar a reaplicação.
Como são as provas
No primeiro dia, além da redação, os candidatos respondem a 45 questões de múltipla escola de linguagens e outras 45 de ciências humanas.
Segundo professores de cursinhos, na parte de linguagens, alguns dos tópicos mais recorrentes nas últimas edições do Enem foram análise de discurso, interpretação de texto, estrutura textual e domínio lexical (de vocabulário). Confira aqui mais temas que costumam aparecer na prova de linguagens.
Nas provas de ciências humanas, os assuntos que aparecem todo ano no Enem são História da época do Brasil Colônia, geografia agrária e filosofia moderna. Veja aqui mais tópicos na prova de ciências humanas.
No segundo dia, os candidatos respondem a 45 questões de matemática e outras 45 de ciências da natureza.
Dicas de professores: Na reta final para o Enem, uma estratégia sugerida é fazer provas antigas e tentar resolvê-las dentro do prazo máximo do exame. Outra recomendação é não tentar aprender algo completamente novo, mas revisar assuntos com os quais já tenham mais familiaridade para garantir pontos.
Correção: vale a pena chutar?
As questões são corrigidas usando um modelo matemático chamado de Teoria de Resposta ao Item (TRI). A prova é preparada com perguntas pré-classificadas como fáceis, médias e difíceis. O esperado é que o candidato tenha um desempenho melhor nas mais simples. A TRI faz uma análise estatística, “antichute”, para calcular uma nota final que indique se houve coerência nas respostas.
Um exemplo: supondo que haja, no Enem, uma questão sobre quanto é 3 vezes 2. O candidato erra e responde 5, em vez de 6. Outra pergunta pede que o aluno calcule a área de um retângulo cuja base meça 3 cm e a altura, 2 cm. Ele responde corretamente: 6 cm².
Pela TRI, mesmo acertando a pergunta mais difícil, o aluno faria menos pontos. Isso porque, se ele não conseguiu efetuar a multiplicação da primeira questão, não teria como saber a resposta da segunda. Ou seja: provavelmente, “chutou” a resposta.
Redação
Saber as cinco competências exigidas na redação do Enem pode ser um trunfo valioso para garantir um bom desempenho e, quem sabe, até a nota máxima de mil pontos. Cada competência vale 200 pontos e, em linhas gerais, avaliam o seguinte:
Competência 1 – Domínio da modalidade formal da língua portuguesa.
Competência 2 – Compreensão da proposta de redação, com o uso de conceitos de várias áreas de conhecimento, para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
Competência 3 – Organização e interpretação de informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Competência 4 – Conhecimento de mecanismos linguísticos para construir uma argumentação.
Competência 5 – Elaboração de uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Erros fatais que zeram a redação
São pelo menos 7 os erros que podem ser fatais na redação, deixando para o candidato apenas o temido zero:
1. Fuga ao tema
2. Desobediência ao formato de dissertação
3. Folha em branco ou com menos de 7 linhas
4. Cópia dos textos motivadores
5. Desenhos e sinais gráficos impróprios
6. Partes desconexas ou com assinatura
7. Texto escrito em língua estrangeira ou com letra ilegível
Palpites sobre temas da redação
É difícil prever o tema da redação, mas, com base na experiência de anos anteriores, professores ouvidos dão alguns palpites, como:
inteligência artificial;
Trabalhos análogos à escravidão;
Mudanças climáticas;
Exclusão digital;
Direito das crianças;
Terras indígenas e Marco Temporal.
Folha de rascunho para a redação
O caderno de prova do Enem tem uma folha de rascunho para a redação (veja imagem mais abaixo). É um espaço essencial para que o aluno planeje seu texto com atenção, releia o que escreveu e faça alterações até passar tudo a limpo.
Uma dica, inclusive, é fazer um “rascunho do rascunho”: usar as margens da folha para anotar as primeiras ideias do que será escrito no texto, como:
A tese defendida;
Os principais argumentos que sustentarão esse posicionamento;
Os repertórios culturais que serão usados (citações a filmes ou escritores, por exemplo);
A proposta de intervenção escolhida (com agente, ação, modo, meio, finalidade e detalhamento do que pode solucionar o problema apresentado).
Como é feita a correção da redação
A redação será avaliada por, pelo menos, dois professores graduados em Letras ou Linguística, de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. Cada avaliador dará uma nota entre 0 e 200 pontos para cada uma das cinco competências. A nota final do participante será a média aritmética das notas totais atribuídas pelos dois avaliadores.
Se houver discrepância entre as notas, com uma diferença de mais de 100 pontos no total ou superior a 80 pontos em qualquer uma das competências, a redação será avaliada, de forma independente, por um terceiro avaliador.
A nota final será a média aritmética das duas notas totais que mais se aproximarem. Caso a discrepância ainda continue, a redação será avaliada por uma banca composta por três professores, que dará a nota final.
Para que serve a nota do Enem?
As notas do Enem podem garantir vaga em instituição de ensino superior pública ou privada brasileiras e até em faculdades fora do país. Confira como podem ser utilizadas em cada situação.
Sisu: O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é o meio pelo qual o Ministério da Educação (MEC) seleciona estudantes para vagas em cursos de ensino superior de instituições públicas. Para concorrer a uma vaga, o candidato precisa estar dentro da nota de corte do curso em questão, ou seja, precisa ter obtido uma nota igual ou maior à nota mínima definida para aquele curso.
Prouni: O Programa Universidade para Todos (Prouni) é uma iniciativa do Ministério da Educação que oferece bolsas integrais e parciais em faculdades particulares.
Fies: O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do governo federal que paga parte das mensalidades de estudantes em universidades e faculdades privadas, com a contrapartida de os beneficiários quitarem o financiamento após a formatura. O crédito pode cobrir total ou parcialmente a mensalidade do curso. Para se inscrever, é preciso ter feito o Enem.
Instituições privadas: Muitas instituições de ensino superior também oferecem desconto nas mensalidades usando a nota do Enem. Geralmente, o candidato não precisa prestar um vestibular próprio da universidade. O ideal é procurar a instituição para saber se oferecem bolsas e descontos conforme a nota no exame e quais são os requisitos.
Universidades internacionais: O Ministério da Educação possui acordo com algumas instituições em países como Portugal, Inglaterra, França, Irlanda e Canadá, que aceitam o Enem no seu processo seletivo. Em alguns casos, a instituição pode exigir que o interessado passe pelo processo seletivo local. É preciso pesquisar diretamente no site das universidades.
Fonte: www.g1.globo.com
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