Método de correção chamado Teoria de Resposta ao Item avalia a coerência no desempenho. Candidato terá menos pontos se acertar as questões muito difíceis, mas errar as mais fáceis.
Apenas saber a quantidade de questões que acertou no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não é o bastante para que o candidato adivinhe como seu desempenho será avaliado na nota final.
Então, mesmo com a antecipação da divulgação do gabarito oficial para esta terça-feira (14), será preciso esperar a divulgação das notas individuais no dia 16 de janeiro de 2024.
Cada questão pode ter um peso diferente a depender das outras questões que o candidato acertou ou errou. Ou seja, a nota final não é simplesmente a soma do número absoluto de acertos.
É a Teoria de Resposta ao Item (TRI), método de correção utilizado no Enem, que torna isso possível. A TRI prioriza o desempenho que for coerente.
Dois alunos que acertarem exatamente o mesmo número de perguntas podem tirar notas diferentes. O raciocínio por trás disso é que, se alguém acerta as questões mais difíceis, mas erra aquelas consideradas fáceis, provavelmente “chutou” as respostas. Por isso, terá uma nota inferior à de um estudante que acertou as fáceis, mas errou as mais complexas.
A TRI apresenta as seguintes vantagens em relação ao método clássico de correção:
ao detectar os famosos “chutes”, ela premia o aluno que, de fato, se preparou para a prova;
possibilita a comparação entre candidatos que tenham feito diferentes edições do exame;
torna mais improvável que dois concorrentes tirem exatamente a mesma nota, já que o resultado final é divulgado com duas casas decimais (816,48 pontos, por exemplo).
No Enem 2022, a nota máxima na prova de Linguagens, por exemplo, foi 801,00 e a mínima, 269,90.
Ou seja: quem acertou todas não tirou 1.000, e quem errou 100% das perguntas não ficou com zero. Por quê?
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza e aplica o Enem, o que determina os “extremos” da nota é o grau de dificuldade das perguntas daquela edição.
Fonte: www.g1.globo.com
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