Embarcação considerada “pirata” saiu da Europa com destino a capital baiana. Quatro pessoas foram presas.
A droga encontrada dentro do veleiro apreendido na costa da Bahia na sexta-feira (10), foi embarcada em alto mar, em águas internacionais. De acordo com a Polícia Federal (PF), quatro brasileiros foram presos e todos eles sabiam que as drogas estavam dentro do barco.
O veleiro foi apreendido a 363 km de Salvador e a embarcação, com as drogas e os tripulantes, foi rebocada para a capital baiana na madrugada de domingo (12). Entenda o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso:
Inicialmente, foi divulgado que o nome da embarcação era “Kiel”. Nesta segunda-feira (13), a Polícia Federal informou que, na verdade, o nome da embarcação é “Thiassi”. Ela está com o registro cancelado, ou seja, é considerada uma embarcação “pirata”.
A embarcação saiu de Portugal sem as drogas, com destino a Salvador. De acordo com o depoimento dos suspeitos à polícia, a capital baiana seria o destino final das três toneladas de haxixe.
No caminho, o veleiro passou pelas Ilhas Canárias, um arquipélago espanhol que fica no noroeste da África.
Depois, seguiu em direção a Salvador até ser apreendida pela Polícia Federal a 363 km da cidade.
Quatro homens foram presos: três deles são do Rio de Janeiro e o quarto, do Ceará.
De acordo com o delegado da Polícia Federal, Rodrigo Mota, os quatro tripulantes sabiam que a droga estava sendo transportada no barco.
Os homens, que não tiveram as identidades reveladas, passaram por exame de corpo de delito nesta segunda-feira (13). Segundo o delegado, apenas um dos suspeitos tem passagem pela polícia.
O veleiro saiu de Portugal sem as drogas. Elas só foram embarcadas após a passagem pelas Ilhas Canárias. Confira o trajeto:
O veleiro saiu de Portugal com os quatro tripulantes, mas ainda sem as três toneladas de haxixe embarcadas;
Após passar pelas Ilhas Canárias, uma segunda embarcação se aproximou do veleiro e transferiu as as três toneladas de haxixe;
Já com as drogas embarcadas, o veleiro seguiu em direção a Salvador, que seria o destino final dos entorpecentes.
De acordo o delgado Rodrigo Mota, a Polícia Federal recebeu uma embarcação da Europa poderia estar transportando drogas para o Brasil. Devido a isso, os agentes foram até o local, em alto mar, para fazer a abordagem. Eles usaram uma embarcação disponibilizada pela Marinha.
Ao entrarem em contrato com os tripulantes do veleiro, os policiais já perceberam algumas contradições.
Ao entrarem no veleiro, não foi encontrado nenhum fundo falso. As drogas estavam em caixas, amontoadas na parte de baixo do veleiro.
A Polícia Federal não acredita que as três toneladas da droga teriam Salvador como destino final.
“Estamos falando de uma das maiores apreensões de haxixe no Brasil e acreditamos que apenas o mercado da Bahia não poderia ser consumidor dessa droga. Provavelmente uma parte dessa droga ficasse aqui na Bahia e outra parte tivesse como destino outros estados”, explicou o delegado.
Apesar disso, ainda não se sabe quais seriam os possíveis destinos das três toneladas de haxixe.
Além disso, a Polícia Federal ainda investiga quem teria contratado os quatro brasileiros para transportar as drogas da Europa para o Brasil.
Fonte: www.g1.globo.com
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