Segundo Defesa Civil, evento é uma combinação de vento, pressão atmosférica e ondas grandes. Ocorrência assustou frequentadores de praia em Laguna, no sábado.
Um tsunami meteorológico arrastou carros e assustou frequentadores da praia do Cardoso em Laguna, Litoral Sul de Santa Catarina, na tarde de sábado (11).
Considerado incomum, o fenômeno já foi registrado no estado pelo menos outras duas vezes, em Florianópolis e Balneário Rincão, segundo a Defesa Civil.
Conforme o órgão, o evento de difícil previsão é uma combinação de vento, pressão atmosférica e ondas grandes.
Um dos registros de tsunami meteorológico mais documentados ocorreu na praia do Pântano do Sul, no Sul da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, há 14 anos.
Na ocasião, uma onda gigante arrastou barcos e carros e invadiu restaurantes tradicionais enquanto clientes eram atendidos nos estabelecimentos. Comerciantes, pescadores e moradores tiveram prejuízos.
Filha do proprietário de um dos restaurantes do local, Moema Monteiro, que era adolescente na época, é ouvida gritando ao fundo de uma filmagem: “Meu pai está lá dentro [do estabelecimento]”
A ocorrência foi em novembro de 2009, época em que banhistas já aproveitavam a praia, e foi confirmada pela Defesa Civil estadual. Assim como o registro do último sábado, ninguém se feriu à época.
“Quando a gente foi na rua, viu o mar comendo tudo”, relembra Monteiro.
Sete anos depois, um registro parecido foi verificado pela Defesa Civil em Balneário Rincão, no Litoral Sul de Santa Catarina.
Em 16 de outubro de 2016, uma grande onda se formou e atingiu carros e pessoas que estavam na praia da Barra do Torneiro.
Segundo o sargento Cláudio Marcos, ninguém se feriu e as pessoas foram retiradas do mar antes da chegada dos bombeiros. Dois veículos, um Corolla e um Accord, ficaram submersos e foram retirados da água com auxílio de cordas.
Na barra do Rio Araranguá, em Morro dos Conventos, uma onda também arrastou carros e alagou um restaurante, segundo informações da antiga RBS TV.
O tsunami meteorológico ocorre quando uma quantidade de nuvens carregadas e fortes ventos avançam rapidamente sobre o mar e formam uma grande onda que chega até a praia.
Ele está normalmente atrelado a algum sistema meteorológico, como linhas de instabilidade, como foi o caso da ocorrência em Laguna, segundo a Defesa Civil. Por esses fatores, é de difícil previsão.
Especialistas explicam que, apesar do nome, o fenômeno é diferente do tsunami ou maremoto, que é provocado por abalo sísmico (terremoto) e normalmente tem poder destrutivo maior.
Fonte: www.g1.globo.com
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