O nível do Guaíba, em Porto Alegre, baixou para 4,93 metros pela primeira vez desde sábado (4), conforme medição feita às 14h desta quinta-feira (9) pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) no Cais Mauá.
Mesmo com a redução, o Guaíba segue mais de 2 metros acima da cota de inundação (3 metros). Apesar disso, a água que avançava sobre as ruas da capital aparenta estar estável e até recuando em algumas regiões, segundo moradores que tem monitorado o nível dos alagamentos onde vivem.
O mais recente boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que subiu para 107 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o estado. A atualização desta quinta-feira (9) aponta que há um óbito sendo investigado.
O estado registra 136 desaparecidos e 374 feridos. Há 232,6 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 67.563 em abrigos e 165.112 desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos).
O RS tem 428 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal, com 1,476 milhão de pessoas afetadas. Veja abaixo os impactos nos serviços, educação e transportes.
A área central de Porto Alegre mais próxima do Guaíba ficou completamente alagada após o lago transbordar. O aeroporto e a rodoviária não estão operando por estarem tomados por água.
No bairro Menino Deus, um dos locais que a prefeitura pediu para que fosse esvaziado pelos moradores, foram registrados novos alagamentos, em trechos das ruas Itororó e José de Alencar. Uma das vias chegou a ser usada, em dias anteriores, como ponto de base para caminhões do Exército Brasileiro e ambulâncias que resgataram pacientes do Hospital Mãe de Deus.
O maior nível já registrado pelo Guaíba foi de 5,33 m na manhã de domingo (5). Antes das cotas atingidas em 2024, o recorde era de 1941 (4,76 m).
De acordo com uma projeção do IPH o Guaíba deve levar ao menos 30 dias para voltar ao nível abaixo dos 3 metros. Na enchente história de 1941, foram 32 dias.
Fonte: www.g1.globo.com
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