Na imagem, mostra o mecânico João Carlos, de 29 anos, indiciado por matar a ex-namorada e o pai dela a tiros em Miracatu (SP), empurrando a jovem e pedindo desculpas antes de disparar contra a vítima, que pediu para não ser morta. O atirador respondeu: “Já matei o seu pai, agora é você”. Em depoimento na delegacia, o suspeito disse não se lembrar do crime. A Polícia Civil pediu a prisão temporária dele.
Yasmin Santos de Queiroz, de 25 anos, e o pai dela, o funcionário público Francisco Xavier Marques de Queiroz, de 60, foram mortos na casa da família, na Rua Joaquim Pedroso, na noite de sábado (11). A esposa de Francisco e mãe de Yasmin testemunhou o crime.
A Polícia Civil pediu a prisão temporária de João Carlos, que foi encontrado por PMs que estavam próximo a um sítio no bairro Pascoval, na madrugada de segunda-feira (13). Ele foi conduzido à delegacia para depoimento. A arma usada nos assassinatos não foi encontrada.
O delegado Carlos Eduardo Eiras Alves afirmou que, em depoimento, João Carlos disse não lembra de nada o que aconteceu. “Ele foi indiciado por feminicídio, homicídio qualificado, no descumprimento da medida protetiva e vamos analisar uma agressão contra a mãe dela que ele praticou lá”.
Segundo Alves, a esposa e mãe das vítimas é a principal testemunha do caso, que deve prestar depoimento em breve. “Ele não trouxe a motivação para a gente não. Falou que a medida protetiva já tinha sido quebrada, pois eles tinham reatado o relacionamento”.
A esposa de Francisco e mãe de Yasmin estava em casa no momento do crime. Em depoimento à polícia concedido depois dos crimes, a mulher afirmou que o marido e a filha estavam deitados quando o assassino arrombou a porta da cozinha do imóvel e entrou no local.
De acordo com o relato, Francisco foi o primeiro a ser baleado. Depois de escutar barulho vindo da porta, ele foi ver o que havia acontecido. Lá, encontrou o atirador. O funcionário público levou três tiros.
Depois, o mecânico foi ao quarto onde estava Yasmin e levou a jovem para o quintal de casa. Ele também atirou três vezes nela. Na sequência, fugiu de carro.
Os PMs informaram à Polícia Civil que acionaram o pronto-socorro da cidade, mas as duas vítimas pareciam estar mortas. Uma ambulância foi enviada com uma equipe de resgate, e os profissionais constataram o óbito do pai e da filha. O Instituto de Criminalística (IC) realizou a perícia no local.
O caso foi registrado como feminicídio, violência doméstica e homicídio na Delegacia de Miracatu. O motivo das execuções deve ser investigado, após o depoimento formal da testemunha.
Fonte: www.g1.globo.com.br
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