Com a facilidade de acesso a smartphones e redes de Internet móvel, continua crescendo o número de aplicativos de mobilidade urbana criados para facilitar a locomoção das pessoas em grandes centros urbanos ou cidades de médio porte. Em pouco tempo, Waze, 99Taxis, Easy Taxi e Uber tornaram-se alguns dos Apps mais baixados e usados no Brasil. Esses dispositivos têm impactado a maneira como a população encara os mais diversos meios de transporte público. A facilidade de alternativas, em contraponto ao custo das passagens de ônibus, por exemplo, tem feito muita gente repensar a forma de se locomover, mesmo tendo que pagar um pouco mais por isso.
Para facilitar ainda mais a vida do usuário em Marabá, está desembarcando na cidade o Yet Go, um aplicativo de mobilidade urbana similar ao Uber que surge para concorrer com táxis, mototaxistas e táxi-lotação. Nascida no Brasil, a empresa está cadastrando motoristas profissionais interessados em trabalhar com o produto. Em uma semana de operação na cidade, já foram feitas pouco mais de 50 inscrições.
O aplicativo oferece uma série de vantagens para atrair os usuários. “O nosso maior benefício é que o valor é fixo, menor que qualquer outro concorrente e pode ser feito tanto em cartão como em dinheiro”, conta Yuri Mota, responsável pela plataforma na região, acrescentando que os mototaxistas também poderão usar o App.
O CORREIO foi às ruas para ouvir a opinião de quem utiliza o transporte público sobre a novidade. O estudante de direito Paulo Mendes, de 24 anos, diz que o aumento no preço das passagens acaba ocasionando que mais empresas atuem no setor. “Você paga uma passagem cara por um transporte sem qualidade. O ônibus só anda lotado, quase sempre está sujo e as cadeiras quebradas. Isso sem contar a demora. A gente fica até mais de uma hora esperando o ônibus passar”, desabafa.
A auxiliar administrativo Taís Almeida conta que pegava ônibus quase todos os dias, mas por conta do aumento passou a usar o táxi-lotação. “Eu não concordo com esse aumento. Foram 0,70 de uma vez só. Aumentou muito para andarmos igual sardinha apertada na lata”, afirmou, opinando que quanto mais alternativas houver para aperfeiçoar o sistema melhor, referindo ao Yet Go.
A atendente Carla Tavares declarou que a concorrência é importante em todos os setores. “É o direito de escolha para o consumidor. Podemos escolher o que é melhor para nós, principalmente quando se fala do nosso dinheiro”, declarou.
“Acredito que o Yet Go será um tipo de táxi-lotação, só que com mais comodidade e responsabilidade no trânsito. Se chegar esses aplicativo aqui (Marabá) eu vou usar. É melhor do que ficar na espera dos ônibus”, apontou Fernando Silva, outro usuário do transporte público em Marabá ouvido pela Reportagem.
Já o taxista Valdenor Costa afirma que o aplicativo aposta na concorrência desleal. “Esses aplicativos são ilegais, porque não tem regulamentação. Eles não pagam taxas municipais como nós”, contestou.
A Reportagem tentou contato com o DMTU afim de saber sobre o processo de registro do novo aplicativo no órgão e foi informada que até o momento a empresa que administra a plataforma não fez nenhum tipo de contato e que a informação que chegou até o setor competente, de que estava sendo feito o cadastro de motoristas interessados em trabalhar com o produto, foi comunicada por alguns donos de táxi-lotação.
(Larissa Rocha)
Fonte: www.ctonline.com.br
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