O Boletim Informativo de Vazões e Níveis do Rio Tocantins publicado pela Eletronorte nesta segunda-feira, dia 13, mostra que o Rio Tocantins subiu 2 metros entre a manhã de sexta-feira, e o mesmo horário de ontem. E o motivo para essa subida repentina tem sido a chuva que castigou a região nos últimos dias.
E a previsão da Eletronorte é para mais chuvas e aumento do volume de água no Rio Tocantins nos próximos dias. Mas ontem, no final, as previsões da Eletronorte para os próximos dois dias já tinham sido superadas. Por exemplo, a empresa de energia prevê que hoje, terça-feira, 14, o nível do Rio chegue a 7,33 metros acima do nível normal, mas na noite de ontem a régua medidora instalada no porto do Exército na Orla do Rio Tocantins apontava 7,52 metros. Se continuar no mesmo nível, a previsão de 7,72 metros para o dia 16 será superada bem antes.
Já o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) aponta que no último domingo, quando centenas de pessoas tiveram suas casas alagadas, Marabá recebeu um dilúvio de 100 milímetros em 24 horas. Foi a maior chuva em apenas um dia neste inverno. Na sexta-feira, dia 10, quando também havia chovido bastante, o volume de água foi de 82 milímetros. Em todo o mês de janeiro deste ano choveu 280 mm.
Para efeito de comparação, o acumulado de chuva no mês de chega a 380 mm nos primeiros 13 dias, ou seja, 100 mm a mais do que todo o mês de janeiro.
Como dá para saber se a quantidade de chuva foi grande com 100 milímetros em um dia? O cálculo é o seguinte: chover 100 mm significa que ao fim da chuva um recipiente plano e cujas paredes não atrapalhem a entrada das gotas de chuva, vai conter um nível de 100 mm de água. Para isso, se desconsidera que as gotas tenham espirrado água para fora e que tenha havido evaporação.
Ora, para se encher um recipiente de 1 m² com 100 mm (10 cm) de água, são necessários 100 litros. Ou seja: 100 mm de chuva significam 100 litros de chuva para cada metro quadrado.
O site do INMET prevê pancada de chuva para esta semana inteira, com a temperatura chegando a, no máximo, a 29 graus, o que é uma raridade na cidade.
Jairo Milhomem, bombeiro militar que está colaborando com a Defesa Civil do município, explica que os próximos dias serão determinantes para avaliação da equipe da Defesa Civil em relação à construção de abrigos para famílias que residem em áreas mais baixas da cidade, geralmente invasões urbanas às margens dos rios Itacaiunas e Tocantins, que banham a cidade. “Ele pode subir, mas também pode descer. Precisamos acompanhar de perto os boletins da Eletronorte para avaliar a situação. Acredito que com 9 metros acima do nível normal já teremos famílias afetadas em áreas mais baixas”, prevê Milhomem.
(Ulisses Pompeu)
Fonte: CT ONLINE
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