Após meses furtando gado da fazenda onde trabalhava, em Nova Ipixuna, o gerente Douglas da Costa Rocha, de 45 anos, foi preso na tarde desta segunda-feira (17) e confessou o crime à Polícia Militar. Ele foi apresentado na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil e ainda estava sendo ouvido na noite de ontem, ao fechamento desta edição. A vítima, que estava desconfiada da autoria do crime desde o ano passado, acionou a guarnição do Bairro São Félix pela manhã, e à tarde os militares conseguiram identificar o comprador de oito cabeças de gado.
“O proprietário nos procurou ainda de manhã e informou que estava tendo roubo de gado na fazenda, que estava sumindo gado e suspeitou que estavam roubando. À tarde, no São Félix, nos deparamos com uma caminhonete S-10 com quatro cabeças de gado em cima. Questionamos ao rapaz que estava conduzindo o veículo e ele informou que eles tinham comprado com o gerente da fazenda cujo proprietário estava desconfiando”, informou o soldado Borges.
De acordo com o policial militar, oito cabeças foram negociadas por R$ 6 mil para uma mulher, a qual apontou que quem havia comprado e informou que estava transportando quatro cabeças e depois retornaria para transportar as outras quatro. “A pessoa que comprou foi quem apontou tudo, nos dirigimos ao local e, no meio do caminho, o encontramos. Abordamos e ele confessou, falou que tinha vendido as cabeças de gado. Assim, encaminhamos todos para a delegacia”, explicou o soldado, acrescentando que a vítima já deu falta de mais de 80 cabeças.
O proprietário do gado informou ao CORREIO que estava aguardando o momento certo de acionar a polícia, para que houvesse a prisão em flagrante. “Começou a sumir, sumir, eu perguntava e ele falava que o gado estava em outro pasto, que estava no mato. Desde o ano passado já vinha sumindo, mas a gente não tinha provas, a gente contava, ia atrás e ele dizia que entrou na mata, coisas assim, mas a gente já imaginava desde uns oito meses, aguardamos a hora certa para acontecer a prisão como aconteceu hoje”.
Conforme ele, o prejuízo que teve ultrapassa os R$ 100 mil. “Só o que foi recuperado, foram oito, avaliadas em 12 mil”, disse. A vítima relata que Douglas já trabalhava há mais de dois anos no cargo e abusou da confiança depositada nesse. “Era o gerente, a pessoa de confiança, ele tinha todas a chaves até da minha casa, era tudo na mão dele”, finalizou. Procurado pelo Jornal, o acusado não quis falar sobre o caso.
(Luciana Marschall com informações de Evangelista Rocha)
Fonte: CT ONLINE
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