Criminosos roubaram um carro com uma criança de 4 anos no banco de trás, na noite de terça-feira (16), em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. A polícia foi chamada, e houve perseguição pelas ruas da região. Foram duas horas de desespero até que a mãe pudesse reencontrar o filho.
“Comecei a gritar: pode levar o carro. Só deixa o meu filho. Eu só quero tirar o meu filho”, disse a mãe da criança. Ela não conseguiu retirar o filho da cadeirinha, e os bandidos fugiram. A polícia foi chamada e perseguiu os criminosos. A perseguição só terminou 25 quilômetros depois, em Bangu.
“Ele [assaltante] estava com a arma numa mão, eu lembro que segurei na outra e falei: ‘Pelo amor de Deus, leva o carro, mas deixa meu filho. Eu estou indo levar ele para o hospital. Meu filho está passando mal’. Ele fez assim, ‘não quero saber’, viu que não conseguia e o outro [disse]: ‘Bora, bora, bora’. Ele entrou no carro e foi embora. Eu corri ainda atrás do carro, mas não deu”, relembrou a mãe.
O pesadelo aconteceu na porta do Hospital Pedro II, em Santa Cruz, pouco antes das 23h de terça-feira. O menino está doente, não havia vaga para internação na unidade e a mãe iria levá-lo para outro hospital. Na hora de sair do estacionamento, foi abordada por dois assaltantes armados, que estavam à pé.
Uma testemunha chamou a polícia, que deu um alerta para as equipes que estavam na região. PMs do Batalhão de Vias Expressas (BPVE) viram o carro passar na Avenida Brasil e iniciaram a perseguição.
Os policiais, que não quiseram gravar entrevista, contaram que os assaltantes entraram na comunidade Vila Aliança e, na hora de fugir, atiraram contra os PMs que estavam cercando o carro.
Um disparo atingiu o capô do carro. Os policiais disseram que não revidaram por causa da criança. Ela ficou com os criminosos por quase duas horas.
“Meu medo foi ter os caras na correria, bater, com meu neto na cadeirinha lá atrás, né? Meu medo era, Deus me livre, eles sumirem com a criança lá para dentro de uma favela e não encontrar mais”, disse o avô do menino.
Durante a madrugada, a mãe esteve na 34ª DP (Bangu), onde o caso foi registrado. Depois de resgatado, o menino foi levado para lá e recebeu muito carinho.
“Choro, mas aquele choro de alegria, que graças a Deus correu tudo bem. Trataram bem do meu netinho lá no DPO, deram biscoito para o garotinho. Ele até falou: “Ih, vô, eu dei um soco num, vô!”, contou a avô.
“Foi a melhor sensação do mundo. Você ver seu filho ali, seu filho bem. Enquanto eu não peguei, não abracei… É meu filho, a única coisa que eu tenho”, disse aliviada a mãe.
Fonte: G1
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