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6 mitos e verdades sobre sexo durante a gravidez

É comum ter dúvidas sobre a vida sexual durante a gravidez. Para auxiliar quem passa por esse período, o ginecologista Renato de Oliveira, responsável pela Reprodução Humana da Criogênesis, listou seis mitos e verdades sobre sexo na gestação.

1. Manter relações sexuais durante a gravidez é seguro

VERDADE. Se for uma gravidez normal, sem complicações ou riscos, o sexo é seguro, liberado e recomendado. Muitas pesquisas já mostraram que as relações sexuais são bem-vindas na gravidez, tanto fisicamente quanto emocionalmente, já que isso ajuda a manter um vínculo efetivo entre o casal.

Restringir a sexualidade durante toda a gravidez acaba limitando o relacionamento, portanto, se o médico contraindicar, é importante conversar sobre outras maneiras de ter uma relação sexual sem penetração, justamente para não acabar com essa troca de olhares e carinho, se for o que os dois desejam.

Vale salientar que, em algumas situações como a presença de sangramento vaginal ou placenta de inserção baixa, não se recomenda a prática de relações sexuais durante a gravidez. Isso será avaliado e orientado pelo seu obstetra.

2. A mulher grávida não tem orgasmos

MITO. A mulher grávida pode ter orgasmos normalmente. Se isso não estiver ocorrendo, na maioria das vezes e após avaliação médica, o que poderia atrapalhar a relação é o fator psicológico. Há casais que optam por não ter relações sexuais com penetração, devido ao tamanho da barriga ou à proximidade com o parto, preferindo dedicar-se ao sexo oral ou a masturbação mútua.

3. Algumas mulheres, durante a gravidez, têm a libido diminuída

VERDADE. Isso pode acontecer, afinal, as mudanças no corpo podem afetar a vida sexual em algum momento. Há mulheres que sentem ainda mais prazer, pelo fato de não terem de se preocupar com a contracepção. Mas outras ficam mais cansadas ou enjoadas, principalmente no primeiro trimestre.

Vale destacar que o segundo trimestre costuma ser marcado pelo reacendimento da libido, que pode voltar a diminuir quando a gravidez chega ao terceiro trimestre, por conta do desconforto da barriga ou pela ansiedade com a proximidade do parto.

4. O ato sexual prejudica o bebê

MITO. O bebê não é prejudicado com o ato sexual, pois a membrana protetora que sela a cerviz ajuda a protegê-lo. Além disso, o saco amniótico e os fortes músculos do útero também o protegem. Durante um orgasmo, por exemplo, o bebê pode mexer-se mais vezes.

5. O orgasmo pode induzir o parto

VERDADE. Há essa possibilidade uma vez que o orgasmo liberta oxitocina, que faz com que o útero sofra contrações. O sêmen também contém prostaglandinas, que podem causar um efeito semelhante durante a ejaculação na vagina nestas condições.

6. Os fetos também se beneficiam da sensação de prazer durante o sexo por causa da liberação de endorfina

MITO. Não há trabalhos científicos que embasem essa afirmação. O importante mesmo, para o bom desenvolvimento do bebê, é a mãe estar com boa saúde, tanto física quanto psicológica. No entanto, é importante salientar que, no último trimestre da gestação, o bebê está mais sensível aos estímulos do meio externo, como sons ou movimentos, por exemplo.

E com relação ao sexo dos pais, ele poderá sentir mais estimulação mecânica, da mesma forma que ocorre quando a mãe se locomove nas suas atividades diárias.

Fonte: Metrópoles



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