Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina venderam muito além do normal em 2020 e ganharam as farmacinhas caseiras do brasileiro. No entanto, o crescimento do consumo desses medicamentos começou há seis anos.
Ao todo, a comercialização de cloroquina subiu 47%, passando de 1.553.878 embalagens vendidas em 2019, para 2.296.693 em 2020. Já no caso da azitromicina, o aumento foi de 105% no mesmo período: de 28.153.437 para 57.861.866 entre 2019 e o ano passado. No entanto, apesar do crescimento causado pela pandemia, a alta na venda desses medicamentos é constante desde 2015. No caso da cloroquina, em cinco anos, houve crescimento de 130,7%.
A cloroquina é comumente usada no tratamento da malária, assim como a azitromicina é administrada na terapia de infecções causadas por bactérias, como faringite e amigdalite. Embora amplamente utilizadas em 2020 para o combare à covid, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS), não oriente este uso.
As duas medicações sempre estiveram sujeitas a receita simples, emitidas uma via, já que se tratam de fármacos que necessitam de prescrição médica. No entanto, devido ao contexto da pandemia, a Anvisa editou algumas normas adicionais, com a exigência de receita em duas vias, de forma a coibir a venda irregular e o risco de desabastecimento.
Em nota, a Anvisa cita que “Até o momento, esses dois medicamentos permanecem com sua venda condicionada à apresentação de receita médica simples em duas vias”, o endurecimento da regra ocorreu em julho de 2020. A azitromicina é um antibiótico, e sua venda só pode ser feita com retenção de receita específica e notificação em sistema para remédios com controle especial. Neste caso, a anvisa detalhou que “A exigência de receita especial para a venda de antibióticos no Brasil existe desde 2010 e vem sendo atualizada desde então”, explica.
Fonte: romanews.com
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