O edital do concurso Ministério da Saúde segue previsto para este semestre. A informação foi dada pelo próprio órgão, em resposta à Folha Dirigida.
“O Ministério da Saúde informa que o certame deve acontecer neste segundo semestre”, disse.
O número vagas e cargos que serão oferecidos ainda não foram revelados. No entanto, o Ministério da Saúde já adiantou que o processo terá como base a portaria nº 11.259, publicada em maio do ano passado, com o aval para 4.117 vagas temporárias.
Segundo o órgão, os cargos serão definidos conforme essa portaria. Desta forma podem ser contempladas as seguintes carreiras:
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência no Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev RJ), está para terminar o prazo dos contratos temporários de quase 3 mil profissionais da Rede Federal de Saúde.
Folha Dirigida questionou o Ministério da Saúde, para saber se as vagas a serem abertas irão preencher as vacâncias que serão deixadas por esse profissionais, que foram contratados no último processo seletivo.
O órgão, no entanto, não deu mais detalhes, informando apenas que existe previsão legal para a prorrogação dos contratos temporários e que isso depende do interesse público e da Administração.
A próxima seleção do Ministério da Saúde será organizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Os aprovados poderão ser contratados para as seguintes unidades:
Em dezembro de 2020, os contratos de 3.592 profissionais temporários, que atuavam nos hospitais federais do Rio de Janeiro foram encerrados. Para substituir esses contratados, o Ministério da Saúde selecionou 4.117 temporários no ano passado.
O processo foi aberto em agosto, mas gerou debates e críticas por parte dos profissionais que já atuavam na rede federal de saúde.
Ao longo da seleção, diversas denúncias de irregularidades foram apontadas por contratados e sindicalistas. A principal delas foi a que mais de 90% dos profissionais, que estavam em exercício na rede federal de saúde, foram excluídos do processo seletivo.
Isso porque, embora tivessem experiência comprovada e preenchessem os requisitos exigidos pelo edital, não conseguiram pontuar ou se classificar.
“O objetivo do governo, ao desclassificar profissionais de comprovada competência e experiência, é forjar uma demissão em massa a partir do próximo dia 1º de janeiro de 2021, o que vai instalar o mais absoluto caos e desassistência em toda a rede de hospitais e institutos federais do Rio”, afirmou a integrante da direção regional do Sindsprev RJ, Cristiane Gerardo, na época.
Além disso, outro erro foi apontado por sindicalistas à Folha Dirigida. Em setembro, o coordenador-geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Saúde, Ademir Lapa, constava na lista de pré-aprovados no processo.
“Há local que vai fechar, interrompendo o serviço, como no Hospital da Lagoa. O laboratório do Hospital da Lagoa não tem ninguém para repor, nenhum funcionário que participou do concurso público. Foi um processo seletivo, na realidade, e não entrou ninguém. O Ministério da Saúde vai tirar 4 mil trabalhadores que são contratados há dez anos e colocar outros, novatos, que não foram treinados. Para alguns serviços não há trabalhador”, disse a deputada.
Em mais uma tentativa de anular a seleção, profissionais contratados da rede federal voltaram às ruas no mesmo mês.
Folha Dirigida questionou o Ministério da Saúde sobre as denúncias feitas pelos profissionais e sindicalistas do setor. Em nota, a pasta informou que o processo seletivo foi realizado “em total alinhamento à legislação vigente”.
“Garantindo, assim, princípios legais de isonomia, impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos dando total lisura do processo”, disse o MS.
O processo seletivo do Ministério da Saúde atraiu mais de 40 mil candidatos. Desse total, 40.042 foram para a ampla concorrência e 4.029 para as vagas destinadas aos profissionais com deficiência.
A área de Enfermagem teve a maior busca entre os cargos, sendo 8.388 inscritos no posto de enfermeiro e 10.602 para a função de técnico de enfermagem.
Cargos | Escolaridade | Vagas |
Médico | Nível superior | 1.137 |
Enfermeiro | Nível superior | 996 |
Atividades de gestão e manutenção hospitalar | Nível superior | 604 |
Técnico de enfermagem | Nível médio/técnico | 865 |
Atividades de gestão e manutenção hospitalar | Nível médio | 515 |
A seleção foi realizada por meio de uma análise curricular. Os aprovados foram contratados, por seis meses, para os hospitais federais do Rio, com remunerações de até R$11 mil.
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Fonte: folhadirigida.com.br
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