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Facebook promete afastar adolescentes de conteúdo prejudicial

O vice-presidente do Facebook para assuntos globais, Nick Clegg, afirmou neste domingo, 10,  que a empresa deve inserir novas medidas em seus aplicativos para manter os adolescentes afastados de “conteúdos prejudiciais”.

O executivo também falou sobre abertura à ideia de autorizar que reguladores acessem os algoritmos das redes sociais, usados para amplificar conteúdo. As declarações foram feitas após parlamentares norte-americanos analisarem a forma em que a rede social e suas subsidiárias, como o WhatsApp e Instagram, afetam a saúde mental dos jovens.

O escândalo se tornou público após denúncia de uma ex-funcionária que afirmou ao jornal “The Wall Street Journal” que a plataforma protegia celebridades das regras de conteúdo, e que a empresa tinha conhecimento de que o Instagram é “tóxico” para os adolescentes. O episódio ficou conhecido como “The Facebook Files”.

Segundo Clegg alega, algoritmos “têm que ser cobrados, se necessário, pela regulação, para que as pessoas possam comparar o que nossos sistemas dizem que eles devem fazer com o que realmente acontece”.

“Introduziremos algo que acho que fará uma diferença considerável, que seria nossos sistemas percebendo que um adolescente está vendo o mesmo conteúdo várias e várias vezes e é um conteúdo que pode não ser favorável ao seu bem-estar, e vamos incentivá-los a olhar para outro conteúdo”, disse Clegg.

Na última semana, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, usou a rede social para se defender das acusações de que a plataforma prioriza lucro sobre informações e conteúdos sensíveis dos seus usuários, e que com isso prejudica crianças e enfraquece a democracia.

Mark disse que o site “se preocupa profundamente com questões como segurança, bem-estar e saúde mental” e reclama da suposta “falsa imagem que está sendo pintada da empresa”.

“No centro dessas acusações [que está a ideia de que priorizamos o lucro em vez da segurança e do bem-estar] isso simplesmente não é verdade.”

O executivo garantiu que fará mais pesquisas sobre o assunto e que irá compartilhá-las com o público assim que estiverem concluídas.

“Em vez de ignorar isso, as empresas de tecnologia precisam criar experiências que atendam às necessidades [das crianças] enquanto mantém elas seguras”.

O escândalo

A ex-funcionária da plataforma Frances Haugen, de 37 anos, trabalhou como gerente de produtos na companhia de Mark Zuckerberg e era responsável por projetos relacionados com eleições. Ela divulgou sua identidade no último domingo, 3, durante uma entrevista à emissora americana “CBS News” no programa “60 Minutes”.

Foi com os documentos obtidos por ela que o “Wall Street Journal” publicou reportagens em setembro indicando que o Facebook protegia celebridades das regras de conteúdo, que a empresa sabia que o Instagram é “tóxico” para os adolescentes e que a resposta da empresa quanto as preocupações de seus funcionários sobre o tráfico de pessoas foi muitas vezes “fraca”.

“O Facebook ganha mais dinheiro quando você consome mais conteúdo. As pessoas gostam de se envolver com coisas que provocam uma reação emocional. E quanto mais você sentir raiva, mais vai interagir, mais vai consumir“, disse Haugen.

Engenheira da computação de formação, Haugen já trabalhou para outras empresas de tecnologia, como o Google e o Pinterest, e se especializou na criação de algoritmos que escolhe o que as pessoas irão visualizar em seus feeds. Segundo ela, o Facebook é “substancialmente pior” que tudo o que ela já havia visto antes.

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Engenheira da computação de formação, Haugen já trabalhou para outras empresas de tecnologia, como o Google e o Pinterest, e se especializou na criação de algoritmos que escolhe o que as pessoas irão visualizar em seus feeds. Segundo ela, o Facebook é “substancialmente pior” que tudo o que ela já havia visto antes.

Fonte: romanews.com



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