O número de procedimentos médicos não realizados já supera 1 bilhão desde o início da pandemia de coronavírus no país, em março do ano passado, na rede pública de saúde do SUS. A estimativa é do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Levantamento realizado em 2020 mostrou que até o fim de 2020 a demanda reprimida era de 1,1 bilhão de tratamentos ambulatoriais e hospitalares que deixaram de ser realizados por causa da prioridade dos casos de covid-19. Só na oncologia houve uma redução de 60%.
“Estimamos que os procedimentos não realizados devam chegar a 1,6 bilhão neste ano, já que o cenário da covid-19 se agravou nos primeiros meses de 2021″, afirmou Mauro Junqueira, secretário-executivo do Conasems.
As cirurgias eletivas, aquelas que não são de urgência, estão suspensas, porque os medicamentes como relaxantes musculares, anestésicos e bloqueadores são prioritários para uso dos pacientes de covid-19 internados nas UTIs.
Junqueira explica que a partir do momento que houver uma maior diminuição de casos de internação por covid-19, as atividades serão retomadas na rede de saúde. Segundo ele, a taxa de ocupação nas UTIs ainda é preocupante, na casa de 80%.
“Quando for diminuindo a internação e o número de pacientes entubados, obviamente a gente vai ter aí uma quantidade de medicamentos disponíveis que poderão ser utilizados nas cirurgias eletivas. Então a retomada será gradual dos atendimentos ambulatoriais e hospitalares”, diz Junqueira.
Fonte: romanews.com
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