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14 mil imóveis seguem sem energia na Grande SP desde sexta, diz presidente da Enel

Empresa tinha prometido concluir os trabalhos até a noite de terça (7), o que não aconteceu. Max Lins chegou a dizer ser ‘impossível’ prever a restauração completa da rede, mas espera conseguir até o final desta quarta (8).

O presidente da Enel, Max Lins, disse nesta quarta-feira (8) que 14 mil imóveis da Grande São Paulo ainda estão sem energia desde o temporal de sexta-feira (3).

“Isso representa 0,07%. Evidentemente, que apesar de percentualmente ser um número pequeno, (…) a gente sabe do transtorno que isso causa na vida do consumidor”, afirmou em entrevista ao Bom Dia SP.

O presidente da concessionária espera conseguir terminar os trabalhos até o final do dia.

“A gente acredita que ao longo da manhã, da tarde, a gente deve fechar esses 14 mil”.

A empresa tinha prometido reestabelecer a energia aos clientes até a noite de terça (7). Em entrevista à GloboNews, Max chegou a afirmar que era “impossível” prever uma nova data.

“Evidentemente, é impossível você prever uma restauração de uma rede, onde derrubou-se postes, transformador, cabo”, disse.

Em nota, a companhia disse que está atuando com mais de 3 mil técnicos nas ruas e que têm trabalhado para reconstruir trechos inteiros da rede elétrica, garantindo a energia para todos.

Caminhões parados

A reportagem da TV Globo flagrou diversos caminhões da Enel parados nos pátios da empresa nos últimos dias.

Durante a entrevista ao Bom Dia SP, o presidente da concessionária criticou a exibição das imagens e disse elas mostram um retrato “equivocado” do trabalho realizado.

“Você tem turnos, você trabalha por turnos. Então você volta em bloco, e depois você sai em bloco. É um desserviço”, alegou.

Sem nota

Durante a entrevista ao Bom Dia SP, o presidente da Enel foi questionado qual nota daria para o serviço prestado pela Enel após inúmeras e constantes reclamações de consumidores.

O problema é anterior ao ocorrido desde a última sexta. Segundo dados da Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica, o tempo médio de espera dos consumidores para que a Enel SP atenda ocorrências emergenciais relacionadas à energia elétrica mais que dobrou nos últimos cinco anos.

Na avaliação de Max, a empresa não pode ser classificada após um evento climático atípico – no caso, o vento.

“Tentar usar um episódio específico de grande magnitude climática e de grande impacto sobre a rede para fazer uma avaliação, não é adequado. Acho que a gente tem que olhar o filme inteiro.”

De zero a dez, qual a nota que você dá?

“A nota é dada por pesquisas anuais de satisfação. Eu me permito isentar desta pergunta”.

Protesto

Na noite desta terça (7), moradores de regiões afetadas pela falta de luz chegaram a bloquear rodovias e avenidas de São Paulo para protestar.

Unidades de Saúde sem luz

Até terça-feira (7), cerca de 30 unidades de saúde da capital ainda registram falta de luz, segundo informou a Secretaria Municipal ao g1.

Nestes equipamentos, os usuários estão sendo acolhidos e orientados sobre seus atendimentos. Os procedimentos que estavam agendados e não puderam ser realizados serão remarcados para datas próximas.

Todos os hospitais e unidades da rede de Urgência e Emergência sob gestão municipal seguem operando normalmente.

Cobranças e investigação

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (8) que a Procuradoria Geral do Município de São Paulo entrará com ação civil pública contra a Enel.

Na segunda-feira (6), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se reuniu com o governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) para cobrar explicações sobre os problemas no fornecimento de energia.

 

 

Fonte: www.g1.globo.com



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