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Acidentes na BR-230 vão a debate na CMM

A morte de uma criança de 10 anos na noite de sexta-feira (28) e de um homem de 45, na manhã de domingo (30), são a gota d’água no conturbado trecho da BR-230 que fica nas proximidades do semáforo entre as Folhas 33, 32 e 31. A periculosidade do trânsito no local, com altos índices de acidentes, inclusive fatais, será debatida na sessão desta terça-feira (1º) da Câmara Municipal de Marabá (CMM). A ideia dos vereadores é encontrar mecanismos para frear as ocorrências de sinistros no perímetro. Mas a educação para o trânsito também se faz urgente.

O primeiro acidente teve como vítima uma criança de apenas 10 anos, noite de sexta-feira, em um acidente envolvendo uma motocicleta, na altura do Terminal Rodoviário Pedro Marinho de Oliveira, entre as Folhas 32 e 33. O choque entre o motociclista e a criança aconteceu por volta das 22h.

Segundo informações preliminares, a menina estava acompanhada de um garoto. Eles haviam saído para comprar um pacote de fraldas e estariam retornando para casa, na Folha 33, quando foram atingidos pelo motociclista que trafegava na rodovia.

A menina não resistiu e morreu no local. O garoto sofreu ferimentos leves e o condutor da moto ficou gravemente ferido.

O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para fazer a remoção do corpo, que ficou na rodovia coberto por um lençol preto. Por outro lado, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado para atender o motociclista, que foi encaminhado para do Hospital Regional do Sudeste do Pará.

Outra vítima

Outro acidente gravíssimo registrado praticamente no mesmo local se deu por volta das 6h da manhã de domingo, 30, ocasião em que uma motocicleta colidiu com um automóvel. O homem que pilotava a moto, identificado como José Eudes Roque, de 45 anos, morreu ainda no local.

O SAMU foi acionado para prestar os primeiros atendimentos, porém ele não resistiu aos ferimentos. Equipes da Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal estiveram no local para preservar a cena do sinistro e colher as informações necessárias.

Solução urgente

Na manhã desta segunda-feira (31), a equipe de reportagem do CORREIO que estava no local do acidente foi procurada pelo vereador Ronaldo Alves Araújo, o “Ronaldo da 33”. Segundo ele, o assunto será levado a debate na sessão desta terça, na CMM.

“Temos que encontrar uma forma de sanar esse problema, se é através de radar, se é através daquelas tartarugas, se é quebra-molas; eu sei que é uma rodovia federal, mas em outras cidades têm quebra-molas, pra gente poder tentar evitar esses acidentes, porque vários paios de família estão perdendo seus filhos”, argumenta o vereador.

Ele também relembrou que quando a pista da BR-230 foi duplicada, o projeto original previa um viaduto em frente à subida da Estação Rodoviária Pedro Marinho Oliveira, mas o chamado Viaduto 3 foi instalado bem perto do Viaduto 2, sendo necessário improvisar uma subida para ligar a marginal da Folha 33 à pista principal, com instalação de semáforo e fixação de faixa de pedestres, descaracterizando o projeto e tornando o local perigoso.

O vereador defendeu ainda a construção de outra escola na Folha 33 para diminuir o deslocamento de crianças e adolescentes em direção a outras escolas, notadamente “O Pequeno Príncipe”, na Folha 32.

Imprudência

Uma reestruturação do perímetro, para diminuir os acidentes, é importante sim, mas pelo que a reportagem do CORREIO verificou no local, na manhã desta segunda-feira, a imprudência é a grande vilã. Para além da alta velocidade de carros, motos e caminhões, estão as conversões proibidas.

Sobre o assunto, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura enviou uma nota dizendo que as secretarias responsáveis pelos veículos vão advertir, por escrito, aos seus motoristas sobre a infração. “Os mesmos receberão autuação por parte do órgão pela infração. Ao mesmo tempo pedimos desculpas pelo ocorrido, que não vai mais se repetir”, diz a nota.

Pedestres

Por outro lado, muitos pedestres também não colaboram. Foi possível flagrar muita gente cruzando a pista de rolamento da rodovia fora da faixa, expondo-se ao risco de atropelamentos. Quando perguntados sobre o porquê de não utilizar a sinalização horizontal, para sua própria segurança, alguns dos pedestres ficaram irritados com a reportagem.

Sobre o assunto, Rogério Matias, coordenador de Educação para o Trânsito, do DMTU, orienta que tanto condutores quanto pedestres tenham prudência, saiam de casa mais cedo e obedeçam a sinalização.

Fonte: correiodecarajas.com.br



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