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Advogado de Daniel Alves vai propor à Justiça espanhola uso de pulseira eletrônica para tirar jogador da prisão, diz TV

Aparato funciona como tornozeleiras eletrônicas impostas a réus no Brasil. Defesa também vai sugerir retenção do passaporte, segundo TV espanhola, e alegou que Alves mentiu para que sua mulher não descobrisse tradição.

Em uma nova ofensiva para tentar tirar Daniel Alves da prisão preventiva, a defesa do jogador brasileiro vai pedir à Justiça espanhola um recurso com sugestões de uma série de medidas cautelares que eliminem o risco de fuga.

Uma delas é o uso de uma pulseira eletrônica, aparato similar às tornozeleiras eletrônicas usadas por réus no Brasil. Segundo a rede de TV espanhola “Antena 3”, uma das principais do país, o novo advogado de Alves vai propor o uso da pulseira no recurso em que pedirá para o que o jogador aguarde o caso em liberdade.

Alves é acusado pelo Ministério Público da região espanhola da Catalunha de ter estuprado uma jovem de 23 anos no banheiro da área VIP de uma boate de Barcelona no fim de dezembro do ano passado. Ele negou, mas foi preso preventivamente há uma semana quando prestava depoimento – policiais encontraram contradições em seu depoimento, e a Justiça decidiu mantê-lo preso preventivamente sem fiança.

Os advogados, ainda de acordo com fontes da defesa ouvidas pela “Antena 3”, também vão sugerir que a Justiça retenha o passaporte do brasileiro, em uma tentativa de dar todas as garantias de que ele não deixará a Espanha enquanto aguarda as investigações.

Ao aceitar o pedido da Promotoria pela prisão preventiva na sexta-feira passada, a juíza responsável pelo caso argumentou que havia alto risco de fuga, já que Daniel Alves reside em outro país – o México, onde ele jogava pelo Puma, mas foi demitido após o caso – e tem poder aquisitivo suficiente para deixar o país em avião.

Para tentar desmontar a argumentação, a defesa alegará que ele já não residirá no México por ter sido demitido do clube do país.

Alves quis esconder traição da esposa, alega defesa

Segundo o jornal catalão “El Períodico”, os advogados também alegarão que Alves se contradisse nos depoimentos porque não queria que sua esposa descobrisse a traição – ele primeiro negou ter tido qualquer contato com a suposta vítima na discoteca.

Depois, confrontado com imagens que mostravam os dois saindo do banheiro, alegou ter tido relação sexual com a jovem, mas afirmou que foi consensual, o que a mulher nega.

O recurso será apresentado até segunda-feira (30) – o prazo final dado pelo Tribunal de Barcelona responsável pelo caso para a defesa recorrer, já ampliado, é na terça-feira (31).

Nele, a defesa de Alves – que foi reforçada nesta semana com um dos principais advogados especialistas em direito penal da Espanha e que já defendeu o argentino Lionel Messi – vai aplicar uma nova e mais agressiva estratégia de defesa, para tentar tirá-lo da prisão preventiva.

Há uma semana, o brasileiro aguarda em um complexo penitenciário a cerca de 40 quilômetros de Barcelona pela investigação do caso – na Espanha, a Justiça também pode investigar uma denúncia antes de levá-la a julgamento.

Fonte: g1.globo.com



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