As fortes chuvas que caíram nos últimos dias em Parauapebas atingiram mais de sete mil pessoas, que ficaram desabrigadas, na zona urbana e rural. Na manhã desta segunda-feira (20), o nível do Rio Parauapebas atingiu 12,64 metros. “A previsão é de mais chuva, com alerta para as próximas 24 horas”, destaca o coordenador da Defesa Civil, Jailson Sousa, que repassou as informações ao Correio de Carajás.
Mais de 30 bairros foram afetados na cidade, o Liberdade 1 e 2, Vale do Sol, Primavera, Jardim América e Parque das Nações, no complexo VS-10, foram os locais onde as famílias foram mais atingidas. Já na zona rural, 11 famílias foram desalojadas e duas tiveram perda total de bens.
“Dede a sexta-feira (17), por voltas das 10h30, recebemos chamado no Cedere I, tivemos dificuldade em chegar por ter muitas vias cortadas, o acesso ficou limitado. Mas estamos trabalhando com uma equipe atendendo 24 horas”, detalha o coordenador da Defesa Civil.
Outro agravante no trabalho do órgão é o combate à Covid-19 e a tentativa de tentar conter aglomeração. Uma das medidas encontradas pelo órgão para atender famílias que estão desabrigadas tem sido encaminhá-las para escolas, separando-as por salas, até que sejam contempladas com aluguel social no valor de até R$ 400.
O coordenador ressalta que o trabalho tem sido conjunto com secretarias municipais e com uma equipe de bombeiros voluntários.
Nos últimos três dias foram mais de 200 mudanças realizadas pela Defesa Civil. Jailson Sousa orienta que o morador não espere a “água chegar na cintura” para deixar a casa. Conforme ele, há casos em que o município precisa convencer o morador a deixar a residência.
COMUNIDADE
O Correio de Carajás esteve na manhã desta segunda (20) em pontos atingidos. O morador do Bairro Liberdade 1, Antônio Silva, afirma que a Defesa Civil começou a fazer algumas mudanças no local, mas depois não apareceu mais. “Não vieram mais, três dias que começou a encher, muita gente já perdeu tudo, a água já chegou na calçada da minha casa”, reclama.
Já Eduardo Pereira de Sousa, que tem casa no Liberdade 2, deixou o local e voltou nessa manhã para tentar salvar algo após a água ter invadido a residência, encontrando cenário lamentável e a água atingindo quase dois metros de altura. “Perdi tudo, não deu tempo de tirar nada”, lamenta. (Ronaldo Modesto e Theíza Cristhine)
Fonte: correiodecarajas.com.br
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