Baseada no artigo “A Hidrelétrica de Belo Monte e Seus Efeitos na Segurança Pública”, de dois pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), uma reportagem nacional do site de notícias UOL, publicada neste sábado (4) demonstra que o município paraense de Altamira, no oeste do estado, tem hoje uma taxa de homicídios superior a Honduras, o país considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o mais violento do mundo.
A matéria inicia fazendo um comparativo com a Altamira dos anos 2000, antes da chegada da usina, com atualmente. Na primeira fase, o município é chamado de pacato em que havia paz às margens do Xingu.
No entanto, aquela realidade começou a mudar com a chegada da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e um gráfico aponta que em 2000 a taxa de homicídios era de 9,1 mortes a cada 100 mil habitantes, bem diferente de hoje, quando é registrado 124,6 assassinatos a cada 100 mil habitantes.
Para se ter uma ideia, em 2015, Altamira teve registrado 135 homicídios, o que equivale a 124 pessoas mortas a cada 100 mil.
No comparativo com o restante do país, esse número chega a 29 homicídios a cada 100 mil habitantes.
Em relação a Honduras, o país registra 37% de homicídios, bem abaixo dos 124% do maior município em extensão territorial do país.
O estudo em que a matéria foi baseada é dos pesquisadores João Francisco Garcia Reis e Jaime Luiz Cunha de Souza, da UFPA, que apontam a alteração das estruturas social, econômica e ambiental impactadas com a obra de Belo Monte.
OUTRO LADO
Sobre a reportagem, o UOL garante ter solicitado nota a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup), mas não recebeu nenhuma reposta.
Quanto a Norte Energia, empresa responsável pela construção da Usina, o portal recebeu a informação que o Projeto Básico Ambiental de Belo Monte não previa investimentos para a segurança pública na área de influência da usina e que mesmo assim, a empresa diz que firmou um convênio com o governo do Pará e investiu R$ 110 milhões nos cinco municípios da área de influência direta
(Com informações do UOL)
Fonte: DOL - Diário Online
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