Em relação ao design inspirado em carros esportivos, Artur disse que sentiu essa necessidade dos próprios tutores dos animais. “A estética é uma questão que eu percebi muito forte no público que tem o cachorrinho, porque ele gosta de deixar o cachorrinho bonitinho, colocar uma roupinha, alguma coisinha assim. Então, um produto com uma carinha de brinquedo assim, é um valor interessante para o consumidor”.
O projeto possui flexibilidade para comportar diferentes tamanhos de cães. “É possível adaptar cada cadeirinha a cada tipo de cão ou deficiência ainda na etapa de projeto, sendo esse um dos grandes diferenciais viabilizados pela fabricação digital”, afirmou Artur.
Como essa variação de tamanho do cachorro, também muda o tempo de impressão. “Para uma cadeirinha pequena, em torno de 15 a 20 horas, para uma maior, até dois ou três dias. Mas essas impressões podem ser divididas em mais máquinas, diminuindo bastante o tempo de impressão por unidade”, explicou.
O projeto segue em fase de testes. “Conversei com uma cuidadora que tem mais de 12 cães paraplégicos e já peguei as medidas de alguns”, disse Artur. Ele quer fazer os testes e, futuramente, abrir um site para vender as cadeiras caninas.
A inspiração para trazer soluções para cães com alguma deficiência física veio de Nina, a cachorra de uma tia de Artur. A cadelinha nasceu sem as duas patas da frente.
“Sempre foi um desafio bem grande, para ela, achar uma solução, porque o pior caso de problema de locomoção do cão é quando ele não tem o movimento das patas da frente, que é onde é colocado o maior peso. A solução mais difícil sempre foi essa. Então, ela veio falar comigo porque sabia que estava começando a surgir esse negócio da impressão 3D para próteses e tal”, contou.
Isso ocorreu em 2018, no início da graduação de Artur. Já nesse começo, ele desenvolveu uma prótese para a cachorrinha usando a impressão 3D.