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Amazônia tem total de queimadas acima da média histórica em agosto, apontam dados do Inpe

Entre todos os biomas, a situação é mais acentuada na Caatinga, onde o aumento no período deste ano já de mais de 100% em comparação com 2020.

Amazônia registrou 28.060 focos de queimadas em agosto, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo Programa de Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O número está acima da média histórica e é o terceiro maior índice para o mês desde 2010, perdendo apenas para 2019 e 2020.

O uso do fogo no bioma está proibido desde 29 de junho, quando o governo federal publicou um decreto suspendendo a prática por 120 dias no território nacional. Por isso, de acordo com o Greenpeace, todas as queimadas registradas em agosto na Amazônia são ilegais.

“Desde 2019, a quantidade de focos de calor registrada em agosto tem atingido patamares absurdos. É como se o governo tivesse criado um ‘padrão Bolsonaro’ de destruição, onde os focos de calor e desmatamento são bem superiores em comparação ao período anterior à gestão de Bolsonaro [antes de 2019]”, diz a gestora ambiental do Greenpeace, Cristiane Mazzetti.

Em relação aos focos de incêndio acumulados desde o começo do ano até agosto, a Amazônia soma 39.427 registros. No ano passado, o mesmo período teve 44.013 focos de incêndio.

Ainda considerando o período de 2021 na Amazônia, apenas em maio os focos registrados foram superiores ao total do mesmo mês do ano passado: 1.166 contra 829. Os números verificados nos oito meses do ano até aqui são inferiores às médias considerados pelo Inpe na série histórica desde 1998. A exceção ficou também por conta de maio, mês para o qual a média é de 1007 focos e foi superada.

Cidades recordistas

Os municípios com o maior registro de fogo no Brasil no acumulado de 2021, até agosto, são:

  • Lábrea, Amazonas: 2.535 focos
  • Altamira, Pará: 2.251 focos
  • Porto Velho, Rondônia: 2.213 focos
  • Novo Progresso, Pará: 1.822 focos
  • Apuí, Amazonas: 1.766 focos

Entre os estados, o que mais queimou em 2021 foi o Mato Grosso, com 13.872 focos registrados desde janeiro. Logo em seguida aparece o Pará (10.448 focos) e o Amazonas (9.988 focos).

Fonte: g1.globo.com



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