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Anvisa pode aprovar vacina da varíola dos macacos com licença especial

Até o momento, nenhuma vacina ou medicação está aprovada para o uso contra a varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil. Estes são os casos da vacina Jynneos e do antiviral tecovirimat, só que uma aprovação temporária e emergencial de uso deles poderá ser emitida em tempo recorde pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para facilitar a importação da vacina e do remédio contra a varíola dos macacos pelo Ministério da Saúde, a Anvisa poderá se basear nas licenças que os dois produtos já obtiveram em outras agências reguladoras de saúde, como a Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), na União Europeia.

Aprovação de vacinas e remédios contra o vírus monkeypox

Este tipo de autorização excepcional é conhecida como confiança regulatória. Em outras palavras, as análises de segurança e eficácia tanto da vacina quanto do remédio irão se basear no trabalho já feito por outras agências de atuação similar.

No entanto, esta medida ainda não foi confirmada pela Anvisa e, na tarde desta sexta-feira (19), uma equipe interna da agência se reunirá para discutir os critérios e as regras para a importação de produtos contra a varíola dos macacos. Nos próximos dias, mais detalhes sobre a estratégia deverão ser compartilhados.

Vale lembrar que medidas, como essa, são facilitadas pelo anúncio da Organização Mundial da Saúde (OMS), onde ela declarou a varíola dos macacos como uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Este é o nível máximo de alerta para uma agente infeccioso.

Casos da varíola dos macacos no Brasil

Na última atualização sobre a situação epidemiológica do Brasil, divulgada na terça-feira (16), o Ministério da Saúde contabilizava 3,1 mil casos oficias da varíola dos macacos, sendo que o vírus já se disseminou por todo o país e os primeiros casos de crianças infectadas foram relatados.

Até então, foram realizados cerca de 8,8 mil exames para a varíola dos macacos em casos suspeitos da infecção, o que significa que o número de confirmados ainda pode crescer. Inclusive, alguns pontos do país registram transmissão comunitária da doença. No atual cenário, uma preocupação por parte de médicos e cientistas são os relatos de transmissão por casos assintomáticos, o que dificulta a quebra da cadeia de contágio.

Fonte: canaltech.com.br



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