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Aumenta para 8 o número de macacos mortos no Bosque Rodrigues Alves, em Belém; veja o que se sabe

Equipes estão tentando desvendar a causa das mortes dos animais. Outros que vivem pelo bosque já estão apresentando mudanças de comportamento.

Sobe para 8 o número de macacos da espécie macaco-de-cheiro (Saimiri sciureus) encontrados mortos no Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves, em Belém.

O Centro de Controle de Zoonoses e a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) foram acionados para investigar as causas das mortes.

Cerca de 60 macacos vivem no bosque. Segundo a direção, a morte de vários deles, ao mesmo tempo, nunca aconteceu e é considerada preocupante.

Nesta matéria, você vai ficar sabendo:

  1. Como os animais foram encontrados mortos?
  2. Quais são as possíveis causas das mortes?
  3. O que já foi descoberto sobre os macacos?
  4. O que pode prejudicar a vida dos macacos do bosque?

Como os animais foram encontrados mortos?

Os animais mortos foram encontrados por funcionários na manhã de sexta-feira (3). O assistente administrativo Moisés Cunha fazia rondas de rotina quando encontrou os corpos.

“Quando cheguei próximo à parada de ônibus da tv. Lomas Valentina, percebi pelo menos uns quatro macacos mortos, e imediatamente a gente entrou em contato com o setor de veterinária e pediu ajuda para fazer os procedimentos cabíveis”, ele descreve.

No mesmo dia, por volta das 12h, em uma nova ronda, Moisés relata que estava junto com a equipe quando, em outro local, pelo encontrados mais três macacos mortos. Outros foram encontrados durante o dia, totalizando 8, segundo a equipe do jardim botânico.

Quais são as possíveis causas das mortes?

Segundo a médica veterinária Juliana Bittencourt, quatro animais foram coletados para análise no Centro de Controle de Zoonoses e outros quatro para estudos na Ufra.

Entre as suspeitas estão raiva e febre amarela, mas isso ainda deve ser confirmado por exames de necropsia.

O diretor do Bosque Rodrigues Alves, Alexandre Mesquita, afirma que também “pode ter sido infecção intestinal, infecções por vírus, fungos, em algum alimento”.

“São vários fatores que podem ter ocasionado essas mortes, é o que as nossas equipes estão tentando descobrir”, afirma.

A estimativa da direção do bosque é de que o laudo sobre a causa das mortes dos macacos saia em até 20 dias.

O que já foi descoberto sobre os macacos?

O biólogo do bosque, Tavison Guimarães, afirma que macacos-de-cheiro do Bosque Rodrigues Alves estão apresentando alterações no comportamento. Entre as mudanças:

  • estão ficando mais lentos;
  • aparentam estarem abatidos;
  • estão se isolando do grupo.

“Tem a questão da letargia, estão mais lentos, a gente percebe o abatimento deles. E também eles estão isolados do bando deles, o que não é normal”, explica.

A equipe está os animais macacos e as alterações de comportamento já foram identificadas em dois animais do grupo.

Segundo o biólogo, a equipe tentou capturar alguns animais para análise, mas eles se evadiram para dentro da mata. “Vamos continuar buscando até encontrarmos para realizar exames e conseguirmos uma direção melhor do que está havendo”.

O que pode prejudicar a vida dos macacos do bosque?

Os macacos-de-cheiro são atração dentro e fora do Bosque Rodrigues Alves, no bairro do Marco. Eles têm hábitos diurnos e costumam aparecer em fila para correr pela grade do jardim botânico.



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