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Aumento dos casos de sífilis: como prevenir a doença?

Carolina Ambrogini, ginecologista e sexóloga da Universidade Federal de São Paulo, responde às dúvidas mais frequentes sobre sexo e saúde.

A Sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada por uma bactéria que, infelizmente, está em ascensão devido ao fato alarmante do abandono do uso do preservativo. Esta nova geração de jovens que não vivenciou o surgimento do HIV, tem menos disciplina no uso do preservativo, resultando num aumento das DSTs, inclusive a sífilis. Esta doença possui ainda um outro agravante que justifica sua incidência aumentada: a penicilina, principal antibiótico utilizado no tratamento, está em falta no mercado, trazendo como consequência, prejuízos no tratamento da doença, que é altamente transmissível.

A sífilis possui três fases:

Sífilis 1ª : a pessoa apresenta uma lesão ulcerada nos genitais (menos usualmente pode aparecer em outras partes do corpo que tiveram contato com o genital da pessoa infectada como lábios e dedos), indolor e sem secreção. Muitas vezes a mulher não percebe esta lesão, que se chama cancro duro, pois ela pode aparecer dentro da vagina e como não dói, passa desapercebida.

Sífilis 2ª: Nesta fase, a bactéria está se espalhando pelo corpo e pode gerar febre, mal-estar, dores articulares e principalmente, várias “pintinhas” pelo corpo, além de úlceras orais e genitais. Há regressão espontânea deste quadro em algumas semanas e a pessoa pode pensar que melhorou e não procurar tratamento médico.

Sífilis 3ª: esta fase acontece após muitos anos da doença não tratada e são um conjunto de sintomas neurológicos (inclusive demência), cardiovasculares e cutâneos (queda de cabelo).
Muitas pessoas , no entanto, não apresentam sintomas muito evidentes e a doença só é detectada através de exames de sangue. Nas mulheres em idade fértil, há ainda um outro agravante, a sífilis pode passar para o bebê se ela engravidar, gerando diversas mal-formações.

É importante realizar exames preventivos anuais para detecção de doenças pouco sintomáticas como a sífilis. O tratamento é simples e muito efetivo.

 

Fonte: www.mdemulher.abril.com.br



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