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Barco com corpos no Pará: entenda como deve ocorrer a perícia

Resgate e transporte da embarcação do alto mar até trapiche foram feitos neste domingo (14). Polícia Federal investiga nacionalidade e causa da morte das vítimas.

A Polícia Federal começa nesta segunda-feira (15) a análise do barco encontrado à deriva com corpos. A embarcação foi rebocada do alto mar para a terra firme durante o domingo (14). Agora, a perícia trabalha para identificar quantas vítimas são e local de origem.

A suspeita é que as vítimas que estão no barco sejam estrangeiras, mas a confirmação só deve ocorrer após a perícia, segundo a Polícia Federal e os bombeiros.

“Tudo indica que são estrangeiros, mas é uma hipótese. Essa embarcação não possuí nenhuma identificação que nos dê consistência para saber de que país é”, explicou o tenente dos bombeiros Hugo Moura, um dos envolvidos no resgate.

“Somente depois de a polícia científica da Polícia Federal e do Estado conseguirem fazer os exames de necropsia [será possível saber]. A Polícia Federal deve fazer contato com consulados, com serviços diplomáticos para tentar identificar”, complementou o militar estadual.

O barco foi achado na manhã de sábado (13) por pescadores à deriva no mar, próximo a uma ilha no litoral de Bragança. A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) abriram investigações sobre o caso.

Um dos objetivos da investigação da Polícia Federal é descobrir a nacionalidade das vítimas, além da causa das mortes. Os corpos foram encontrados em estado de decomposição.

Perícia após resgate de horas do barco

O trabalho de resgate da embarcação com os corpos começou pela manhã e durou mais de 12 horas. A maré baixa dificultou o traslado, assim como a necessidade de rebocar o barco em baixa velocidade.

“É uma missão que requer pressa, porque quanto mais dias passa, com a decomposição, mais fica difícil de a perícia trabalhar, mas temos que trabalhar com todo cuidado, com segurança para não danificar a embarcação, navegando em áreas muitos rasas”, explicou o tenente Hugo Moura.

 

Após chegar em terra firme, a embarcação, ainda com os corpos, foi coberta com lona e amarrada, retirada da água com auxílio de uma retroescavadeira e colocada em um caminhão da Marinha para ser levada ao Instituto Médico Legal (IML) de Bragança.

A medida foi tomada porque no porto onde o barco atracou não há estrutura adequada para o trabalho de remoção dos corpos de dentro do barco com os cuidados exigidos.

“No local serão feitos os trabalhos de necropsia, todos os exames cadavéricos, tanto da Polícia Federal quanto da Polícia Científica do Estado. Será feita a primeira análise em Bragança, com os peritos federais que estão na cidade.

As ruas no entorno do IML de Bragança devem ter o trânsito interrompido ao longo desta segunda. A previsão é que a perícia inicial dure até terça-feira (16).

Depois do processo de retirada dos corpos de dentro do barco, este deve ser levado para Belém e ficar sob custódia da Marinha para perícia e tentar identificar a origem.

Corpos em decomposição

A embarcação com vítimas foi achada por pescadores na manhã de sábado (13), mas a maré baixa dificultou os trabalhos de resgate à tarde e à noite de sábado. Mesmo assim, equipes se aproximaram do local para avaliação inicial da situação.

“Pelo estado que estão já, bem desidratados, tem bastantes dias, talvez até mais de um mês”, afirmou o bombeiro Tadeu Barbosa sobre a situação dos corpos.

Na manhã de domingo, uma força tarefa com autoridades federais, estaduais e municipais foi ao encontro da embarcação com os corpos, assim que a maré subiu.

O reboque foi acompanhado por aeronave, além de barcos, e exigiu cuidado, pois há muitos bancos de areia na área. Por haver corpos em decomposição no barco, o trabalho precisou ser ainda mais cuidadoso.

 

 

Fonte: www.g1.globo.com.br



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