O volume intenso de águas que devastou o estado gaúcho já deixou mais de 100 mortos e milhares de famílias desabrigadas. De acordo com Luiz Natchigall, meteorologista da Metsul Meteorologia, essa tragédia ocorreu devido ao encontro de uma massa de ar frio vinda do sul do continente com uma massa de ar quente que já circulava no centro-norte do Brasil.
Quando esse encontro acontece, a tendência é que a água passe por um processo de condensação, ou seja, do estado gasoso para o líquido. É justamente aí que ocorre a formação de nuvens e, consequentemente, das chuvas.
Um estudo da Climate Central apontou o futuro de cinco regiões costeiras do Brasil que podem ficar submersas até o final do século, incluindo Belém. Segundo o estudo, o motivo principal desse acontecimento diz respeito ao aumento do nível do mar, consequência direta do aquecimento global. Esse aumento não significa apenas o desaparecimento de terras, mas também as inundações frequentes, a erosão costeira, a salinização da água doce e a perda de biodiversidade, vistos como impactos devastadores que podem ser esperados.
O estudo em todo o país, revelou que cinco regiões costeiras são consideradas as mais preocupantes e exigem ainda mais atenção diante dos riscos e situações que se confirmam ano a ano. Confira:
Rio de Janeiro: cidades como a capital, assim como Ilha do Governador, Duque de Caxias, Campos Elísios, Campos dos Goytacazes e Cabo Frio estão na linha de frente da ameaça.
Pará: parte da ilha de Marajó, áreas de Belém e Bragança podem desaparecer sob as águas.
Amapá: Oiapoque, Ilha de Maracá, Reserva Biológica do Lago Piratuba e partes de Macapá também correm sério risco.
Maranhão: as costas de São Luís, Ilhas Santana e Carrapatal, além de parte do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, podem ser impactadas.
Rio Grande do Sul: Porto Alegre, Pelotas, Canoas e ilhas, como Torotama e Machadinho, estão entre as áreas ameaçadas.
O estudo da Climate Central serve como um alerta urgente para a necessidade de ações imediatas para combater as mudanças climáticas.
Reduzir as emissões de gases de efeito estufa e investir em mais medidas de prevenção são ações urgentes para tentar diminuir os efeitos do aquecimento global e proteger as regiões costeiras do Brasil, bem como muitas outras partes do mundo alertam cientistas e organizações ambientais.
Fonte: www.dol.com.br
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