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Bombeiros alertam para aumento de incêndios no verão na região

Por causa do tempo seco, da estiagem e das altas temperaturas constantes que se aproximam de Marabá e região, o Corpo de Bombeiros Militar alerta para o aumento no risco de incêndios no verão. Segundo a corporação, o “período das férias” é o que registra maior número de focos de incêndio na área urbana e rural da cidade. A vegetação seca facilita a propagação das chamas e, com isso, a possibilidade de destruição de grandes áreas. Por este motivo, é desaconselhável qualquer tipo de queimada.

Por conta desses fatores é que o Capitão Macedo, do Corpo de Bombeiros, alerta os moradores, agricultores e pecuaristas para evitarem a prática de queimadas na limpeza do solo, seja para limpeza do espaço, preparo de plantio ou formação de pasto. Ao invés disso, ele aconselha essas pessoas a adotarem outras medidas de manejo que são mais eficazes tanto nas atividades no campo como para o meio ambiente e a saúde da população.

Questionado pela Reportagem do CORREIO sobre quais ações podem evitar as queimadas, o capitão dá algumas alternativas que auxiliam na limpeza das áreas. De acordo com ele, o ato de queimar a pastagem intencionalmente para fazer a limpeza do terreno, em si, não configura crime, porque hoje existem vários mecanismos que podem fazer essa limpeza, como por exemplo: a poda, a roça, o corte, o recolhimento desse material e a transformação dele em adubo.

Capitão dos Bombeiros alerta sobre aumento de incêndios no verão

Na oportunidade, Macedo aproveitou para criticar a ação de pessoas que veem a queimada como uma opção mais viável. “O meio mais barato que o produtor encontra para limpar seu terreno é, de fato, queimar. Só que quando você queima, além desse fogo sair do controle e virar um grande incêndio, ele tem implicações graves na saúde, que é a questão da fumaça, colocando em risco a vida de pessoas, além de afetar a fauna e a flora. Atingindo animais silvestres, a própria vegetação e algumas árvores que estão em extinção”, explicou.

ZONA RURAL

O aspecto mais preocupante no que diz respeito à natureza das queimadas, é que a maior parte delas poderia ser evitada ou minimizada, pois são diretamente causadas pela irresponsabilidade de produtores rurais que ateiam fogo em pastagens, na colheita ou lavouras, para, posteriormente, iniciar uma nova cultura no local. Além disso, há, também, o descaso e o descuido que as provocam, como um simples cigarro aceso jogado da janela de um carro à beira de uma estrada.

Macedo afirma que existe um grande número de medidas preventivas que podem e devem ser tomadas. Segundo ele, é aconselhável que se procure o grupamento de bombeiros da região, para se obter orientação preventiva. Esta é a primeira e mais importante medida de segurança que o produtor rural deve tomar, para evitar prejuízos com as queimadas e para, conscientemente, ajudar na proteção ambiental.

LEI

A Lei de crimes ambientais nº 9.605 de 1998 prevê em seu art. 41 pena de reclusão, de dois a quatro anos, e multa. A multa é regulamentada pelo decreto nº 6.514 de 2008, onde em seu art. 58 varia de R$ 1.000,00 a R$ 1.500,00 por hectare.

Fonte: Correio de Carajás



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