O Brasil alcançou ontem a marca de metade da população vacinada com a primeira dose contra a covid, mas pelo menos 5,5 milhões de brasileiros estão com a segunda dose atrasada, conforme dados mais atuais do Ministério da Saúde.
Segundo o último boletim epidemiológico, até 23 de julho, havia registro de 5.481.373 pessoas que haviam tomado a primeira dose, mas não procuraram o serviço de saúde para receberem a segunda.
Para classificar como atraso no esquema vacinal, foram considerados os registros cujo o intervalo de tempo da administração da primeira dose com ausência de registro da segunda foi superior a 84 dias para as vacinas AstraZeneca e Pfizer Comirnaty; e superior a 28 dias para vacina CoronaVac.
O número até 23 de julho é 1,6 milhão maior do que o registrado em junho, quando boletim do ministério revelou que 3,8 milhões de pessoas estavam com as doses em atraso.
Segundo os dados do Ministério, 3,3 milhões dos atrasados tomaram a vacina AstraZeneca; 2,1 milhões teriam de tomar a segunda dose da CoronaVac; e 5.033 estavam em atraso com a Pfizer.
A análise foi feita pelo ministério com base nos dados registrados na Rede Nacional de Dados em Saúde entre 17 de janeiro a 23 de julho. As informações são repassadas pelos municípios e pode haver atualização, porque algumas prefeituras atrasam as inclusões no cadastro.
No boletim, o ministério alerta que os dados de coberturas vacinais nos municípios “mostraram-se heterogêneos para todos os grupos e doses do esquema vacinal” e defende que sejam tomadas ações para conseguir atrair as pessoas em atraso.
“[O atrasado acaba] requerendo desencadear ações junto a estados e municípios para identificar problemas relacionados ao atraso nesses registros e/ou estratégias mais efetivas para a busca ativa dos faltosos, se for o caso”, avalia.
Para a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações em São Paulo, Melissa Palmieri, é necessário que as autoridades façam realmente um esforço para vacinar completamente as pessoas que não foram tomar a segunda dose.
“Esse número mostra que precisamos acelerar a vacinação para que esse percentual de eficácia desejada seja alcançado o mais rápido possível; especialmente com a chegada da variante delta, que já circula no país”, diz.
Estudos preliminares mostraram que apenas a vacinação completa tem eficácia alta contra a variante delta.
Fonte: uol.com.br
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