As buscas por desaparecidos após o desabamento da ponte sobre o Rio Curuçá na BR-319, no Amazonas, entraram no quarto dia, neste sábado (1º). A tragédia aconteceu na última quarta-feira (28), quatro pessoas morreram, 14 pessoas ficaram feridas e ainda há desaparecidos.
Na sexta (30), 11 mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) trabalharam na busca por desaparecidos.
A equipe da Secretaria de Assistência Social (Seas) registra o atendimento, até o momento, de familiares de três pessoas que sumiram após o acidente. Uma delas foi localizada na quinta (29), trata-se de Darliane Nunes.
Os outros dois desaparecidos são um homem e uma mulher. Apenas a família do homem registrou Boletim de Ocorrência pelo desaparecimento, até o momento, informou o governo estadual.
O desabamento da ponte deixou, pelo menos, quatro pessoas mortas, todos as vítimas foram sepultadas até esta sexta. São elas:
Segundo os Bombeiros, o número de vítimas ainda pode aumentar.
O Governo do Amazonas informou que 12 veículos ficaram submersos após a queda da ponte. O número não foi mais atualizado.
Ao todo, sete veículos já foram retirados do fundo do rio. A maioria deles estava em estado de destruição. Veja abaixo a lista de remoção dos automóveis.
No dia 29/09
No dia 30/09
Ainda na sexta, outros dois veículos foram localizados e estão em processo de estabilização para serem retirados do rio.
Inicialmente, as equipes de buscas haviam recebido a informação de quem haviam passageiros presos nas ferragens da kombi. No entanto, após o veículo ser içado não foi localizado nenhum passageiro dentro.
A ponte que caiu deveria estar interditada. Essa é a opinião de engenheiros especialistas consultados pelo g1 que analisaram as imagens do local e do acidente.
No início da semana, o trecho apresentou rachaduras, parte do entorno cedeu e a ponte teve uma interdição parcial feita pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Apesar disso, antes da queda que derrubou ao menos 12 veículos no rio, havia apenas uma recomendação de que veículos pesados não usassem a pista.
A Polícia Federal faz perícias na ponte e a Polícia Civil do Amazonas abriu um inquérito para apurar as causas do acidente. A PC, inclusive, tem informações de que um servidor terceirizado do Dnit estava na ponte, momentos antes da tragédia, orientando motoristas sobre o tráfego no local.
Nessa sexta-feira (30), o Ministério Público Federal (MPF) disse que encaminhou ofício ao Dnit requisitando informações sobre a obra realizada na ponte que desabou.
O documento prevê prazo de cinco dias para que o órgão informe, inclusive, sobre as medidas adotadas para apuração das causas do acidente e possíveis responsabilizações.
O MPF disse ainda que, desde 2021, acompanha, por meio de inquérito civil, as condições estruturais do trecho da estrada, a partir de representação que apontava o rompimento iminente da via.
No início do mês, o Dnit informou ao órgão que o contrato para realização de obras emergenciais na estrada estava concluído e que aguardava o envio do documento técnico demonstrativo das obras realizadas pela empresa contratada.
O acidente aconteceu em uma área do município do Careiro da Várzea, no Amazonas. Veículos faziam a travessia da ponte sobre o Rio Curuçá, quando a estrutura desabou, por volta das 8h (horário local, 9h no horário de Brasília). Pelo menos 12 veículos afundaram no rio.
Ainda no dia do acidente, as autoridades confirmaram três mortes. Na quinta-feira (29), o número de mortos subiu para quatro. Outras 14 pessoas foram resgatadas com vida, sendo que 13 delas já receberam alta. Uma vítima segue internada.
Fonte: g1.globo.com
Divulgar sua notícia, cadastre aqui!