No segundo semestre de 2021, dois casos de cachorros que morreram durante ou após viajar de avião repercutiram nas redes sociais.
Em setembro, a estudante Gabriela Duque Rasseli, de 24 anos, usou as redes sociais para cobrar da empresa aérea por possíveis maus-tratos contra o cachorro de estimação, durante um voo entre São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo ela, o animal morreu depois de passar algumas horas aos cuidados da empresa. Ela contou que o animal foi entregue para ela 1h30 após o avião chegar no aeroporto. “Meu cachorro chegou no aeroporto do Galeão às 13h53 e só me entregaram ele às 15h30. Deixaram meu cachorro no calor, quando ele chegou pra mim ele já estava quase morto!!!!! Eu e minha família estamos devastados. Não tem nada que alivie nossos corações. A gente só quer justiça!!!!!”, disse.
No outro mês, em outubro, o engenheiro civil Giuliano Conte afirmou que o cachorro dele, identificado como Weiser, de quase 4 anos, morreu durante um voo entre Guarulhos (SP) e Aracaju (SE). Ele afirma que o animal foi entregue em perfeitas condições de saúde, mas chegou morto ao aeroporto da capital sergipana.
Nesta sexta-feira (14), um novo caso aconteceu, porém, dessa vez, em Belém. Um cachorro morreu em um voo que sairia de Belém para Manaus. Na tarde de hoje, o DOL já tinha adiantado a situação da aeronave e o desconforto dos passageiros durante o problema.
Passageiros relatam problema e confusão em voo de Belém
De acordo com informações de um passageiro, que prefere não se identificar, a companhia aérea GOL embarcou os passageiros, mesmo sem o ar-condicionado da aeronave funcionar. “Estávamos para levantar voo quando o pessoal começou a passar mal de calor. Estava uma sauna, chega fiquei todo ensopado de suor. Aí o comandante resolveu voltar. Tinham três cachorros. Um acabou morrendo e os outros dois passaram mal, estavam ofegantes e se engasgando com tanto calor que estava”, conta.
Outros passageiros relataram que a tutora do animal ficou desesperada ao perceber que animal havia falecido.
Na noite de hoje, a GOL confirmou que uma cadela morreu e informou que se solidariza com a cliente, tutora da cadela Nina, que viajava com ela na cabine, pelo triste episódio. “A aeronave já estava em posição para iniciar o taxiamento para decolagem, prevista para 13h15, quando foi detectada a necessidade de retornar para a posição original para apuração de um possível problema técnico em um dos motores, sem nenhuma relação com o ar-condicionado da aeronave. Os Clientes permaneceram embarcados durante a manutenção – procedimento padrão em situações como essa”, diz a nota.
A GOL completa dizendo: “Enquanto o avião estava desligado, um ar-condicionado externo foi acoplado à aeronave, assim como tinha sido feito no momento do embarque. Mesmo assim, devido ao forte calor externo e aos 15 minutos que a cabine ficou com refrigeração inadequada, que foi o tempo entre desconectar a fonte externa, ligar os motores do avião e em seguida retornar ao finger e desligar os motores, a temperatura dentro da aeronave aumentou rapidamente causando significativo desconforto a bordo. A decisão de desembarque dos passageiros foi tomada visando o bem-estar dos Clientes, que aguardaram no saguão do aeroporto até a avaliação final da equipe técnica. Ela foi rápida e a aeronave foi liberada para seguir o voo. Durante este processo, a tutora informou que sua cachorrinha havia falecido, e um tripulante acompanhou o desembarque da Nina e da Cliente. Outros dois animais que estavam a bordo passam bem. A Companhia, desde o primeiro momento, está prestando toda a assistência necessária à Cliente, que segue em Belém. Ela foi hospedada em hotel e viajará para Manaus em voo neste sábado (15/01)”.
Fonte: dol.com.br
Divulgar sua notícia, cadastre aqui!