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Câmara vai ouvir comissão de motoristas de aplicativos

Após a manifestação dos motoristas de aplicativos em frente à Câmara Municipal de Parauapebas (CMP), pedindo providências das autoridades com relação à violência que viriam sofrendo, situação que se agravou após o ataque a um rapaz que foi confundido como explorador do serviço na cidade, o presidente em exercício da Casa de Leis, Horácio Martins, marcou para depois da sessão desta terça-feira, 29, uma reunião com uma comissão da categoria.

Os motoristas de aplicativos reclamam da falta de segurança para trabalhar na cidade, porque ainda viriam sofrendo ataques por parte de alguns motoristas de táxi, que não aceitariam concorrência na exploração do transporte de passageiros. A situação se acirrou após o ataque que um jovem sofreu domingo, 27, após sair do show do cantor Wesley Safadão, que aconteceu no shopping localizado na entrada da cidade.

Segundo o pai do jovem, Lindembergue de Jesus Santos, que é motorista de aplicativo, o filho foi perseguido e teve o veículo destruído por dois homens, que seriam taxistas e que acusaram a vítima de estar trabalhando como motorista de aplicativo. O carro do jovem foi danificado e ele teria ainda sido ameaçado de morte.

O caso foi comentado em plenário pelo vereador Marcelo Alves Filgueira, o Marcelo Parceirinho (PSC), que pediu paz entre as categorias, para evitar tragédias. Ele salientou que já solicitou à Câmara a realização de uma audiência pública para debater sobre o serviço por aplicativo na cidade, assim como outros tipos de transporte.

A audiência, que era para ser agora no final de outubro, ainda não teve nova data agendada. Parceirinho lembra que o serviço por aplicativo já foi regulamentado no País e é preciso que aqui isso também seja regulamentado e respeitado.

“É a população que quer, por ser mais uma alternativa de transporte. Aqui, em Parauapebas, tem lugar para todos trabalharem e é preciso que haja o respeito a atividade de cada um. Eu já fui motorista de táxi e digo, ninguém fica nas ruas, arriscando a vida, muitas vezes de madrugada, porque quer. É necessidade. Todos que estão trabalhando com transporte é porque precisam se sustentar e sustar a família. Então, que haja tolerância e respeito a atividade dos outros”, frisou o vereador.

Ele citou o episódio de domingo, frisando que é contra e tem pavor de arma de fogo, mas se a vítima tivesse com arma, por exemplo, uma tragédia poderia ter acontecido. “É preciso ter diálogo e discutir a situação, para que todos trabalhem em harmonia. Há espaço para todos”, acrescentou.

Com relação à denúncia dos motoristas de aplicativos, o presidente do Sindicato dos Taxistas de Parauapebas, Valmiro Silva Almeida, disse que que faz bastante tempo que os taxistas passaram a ter tolerância com o sistema de aplicativo. Ele prometeu se inteirar da situação que ocorreu com o jovem, para tomar as providências cabíveis.  (Tina Santos)

Fonte: Correio de Carajás



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