A Caoa Chery demitiu 59 funcionários e encerrou a produção de motores nesta quarta-feira (18) na fábrica em Jacareí. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos, que classificou a demissão como ‘irresponsável’ diante da pandemia de coronavírus.
Procurada, a Caoa Chery confirmou a informação ao G1 na noite de quarta-feira.
Em nota, a empresa disse que “a situação econômica do Brasil neste início de ano, agravada pela recente disparada do dólar, gerou uma grande e inesperada queda nas vendas do setor”.
A Caoa Chery ainda afirmou que a “medida tem por objetivo reequilibrar a operação da empresa no País e resistir ao cenário econômico atual e previsto para os próximos meses”.
Segundo o sindicato, foram demitidos trabalhadores da produção e do administrativo. O número de cortes representa cerca de 10% do quadro de funcionários da montadora, que tinha 540 empregados.
O sindicato criticou a decisão e classifica os cortes como irresponsáveis. A entidade afirma que as demissões foram feitas em um momento em que os trabalhadores mais precisam de estabilidade e plano de saúde, diante da pandemia de coronavírus (Covid-19).
“Não podemos aceitar demissões num cenário em que a população mais precisa de seus empregos e planos de saúde. O sindicato vai cobrar do poder público medidas em favor dos trabalhadores. Nem a Chery nem qualquer outra empresa pode fazer demissões neste momento. As empresas têm de assumir suas responsabilidades diante dessa crise”, afirmou o diretor do sindicato, Guirá Guimarães.
O sindicato ainda informou que desde o final do ano passado já vinha reivindicando estabilidade no emprego, mas que a empresa sempre se recusou a atender a pauta da categoria. Nesta semana, eles haviam encaminhado uma pedido de licença remunerada para todos os trabalhadores, como prevenção ao coronavírus.
“Desde ontem a gente protocolou a pauta de reivindicações pedindo estabilidade no emprego, licença remunerada e manutenção dos direitos para todas as fábricas da região. As demissões são uma irresponsabilidade com os trabalhadores em um momento em que estamos passando por uma crise humanitária e não há como procurar emprego”, disse Guirá.
O líder do sindicato afirmou que realizará uma assembleia na manhã desta quinta-feira (19) para cobrar a reversão das demissões.
Fonte: G1
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