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Casal que fez quimioterapia junto após descobrir mesmo câncer recebe alta e bate ‘Sino da Vitória’

Enquanto faziam tratamento em Belém, eles foram aprovados no vestibular e, depois, em concurso da Polícia Militar. Após anos indo a hospital, eles estão curados e planejam casar.

Um casal que descobriu o diagnóstico do mesmo tipo de câncer e que fez junto muitas das sessões de quimioterapia recebeu alta em Belém. Para marcar a tão esperada cura, eles tocaram juntos o “Sino da Vitória” no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), usado na unidade de saúde para “marcar a nova fase da vida” dos pacientes.

“Agora que vencemos, nossa meta é casar futuramente e ter filhos, já que superamos tantas coisas”, disse Rodrigo Lima.

Além do tratamento contra o câncer, eles estudaram juntos para o vestibular e também para concursos públicos. Atualmente, Rodrigo, de 23 anos, e Synndy Ferreira, de 22, são policiais civis.

“Eu brinco com ele dizendo que a gente nasceu pra ficar junto. Isso é coisa do destino, porque os nossos caminhos se cruzam sempre. Éramos colegas, viramos amigos e depois namoramos”, contou Synndy

Os dois tinham linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, mas em locais diferentes do corpo: Ele na perna e ela, no pescoço.

A alta do casal foi no fim de outubro e divulgada pela Secretaria de Saúde do Pará nesse domingo (13). O casal já estava recuperado, mas ainda fazia visitais semestrais ao hospital de acompanhamento.

A cura emocionou a equipe de saúde do hospital, que acompanhou o tratamento. Os namorados foram aplaudidos nos corredores da unidade de saúde ao receberem alta.

“Lembro dos dois recebendo tratamento, fazendo o acompanhamento e era impressionante como eles se apoiavam. A história deles é incrível e, hoje, ao nos deparar com essa notícia, não tem como não transbordar de alegria”, contou Elizabeth Cabeça, que é assistente no hospital.

O casal se conheceu anos antes da descoberta da doença, mas começou a namorar na mesmo época do diagnóstico, em 2017. “Quando as pessoas nos viam, achavam que a gente tinha se conhecido no hospital. Mas éramos namorados antes de sermos colegas de internação”, relembra Synndy.

Natural de Capanema, nordeste do Pará, a jovem se mudou para Belém para iniciar o tratamento no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo. Tempo depois, em uma das visitas à namorada, Rodrigo fez exames e descobriu ter o mesmo câncer de Synndy.

“Levávamos uma vida normal, vida de adolescente, mesmo. Estudávamos, fazíamos cursinho e, de repente, tivemos de parar tudo para dar início ao tratamento. Acho que essa foi a pior parte”, conta ela.

Ele é natural de Salinópolis. Para se tratarem, eles se mudaram e moraram juntos na capital, ditante cerca de 160 quilômetros de suas cidades.

“A gente até pediu para começar a fazer as sessões de quimioterapia no mesmo dia para nos darmos força”, relembra.

Enquanto eram submetidos a quimioterapias, eles também estudaram para o vestibular e foram aprovados: ele em história, na Universidade Federal do Pará (UFPA) e Synndy em física, na Universidade do Estado do Pará (UEPA), e em língua inglesa, na UFPA, curso escolhido.

Os dois trancaram o último semestre de faculdade para se dedicarem ao concurso da Polícia Militar, que também conseguiram aprovação. Com a cura, eles aconselham quem tamném enfrenta o tratamento contra o câncer.

“Receber o diagnóstico é um momento bastante difícil. Mas, mantenham a atenção no apoio da família, dos amigos e da equipe do hospital. Tenha por perto aqueles que você ama e desfrute da companhia daqueles que te apoiam”, declarou o jovem.

“Tenha a clareza de que tudo é possível. A dor é passageira, mas a vitória é eterna”, disse Lima.

Fonte: g1.globo.com



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