Em sentença concedida nesta quinta-feira (21), Deyvyd Renato Oliveira Brito e Irislene da Silva Miranda receberam condenação que ultrapassou os cem anos de prisão pelo assassinato de Carla Emanuelly Miranda Correia, que tinha um ano e oito meses de vida quando o crime foi cometido, em janeiro de 2020.
Deyvyd Renato foi sentenciado a cumprir 83 anos e quatro meses, enquanto a pena de Irislene foi de 46 anos, cinco meses e vinte dias. O padrasto da criança morta será conduzido à Cadeia Pública de Parauapebas; já a mãe tem o Complexo Presidiário Feminino de Marabá como destino.
O depoimento da pediatra Flávia Alves, que examinou Carla Emanuelly quando a criança foi levada a um hospital em Parauapebas, foi um ponto chave para que o júri tomasse a decisão. Flávia teria dito que Carla apresentava claros sinais de violência sexual, e que mesmo um leigo poderia ter esta mesma observação.
A delegada Ana Carolina Carneiro, da Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher (DEAM), esteve envolvida no inquérito judicial desde o início do processo, e afirmou que a mãe, Irislene, sabia dos abusos sexuais recebidos pela filha. As investigações indicaram que Carla foi agredida severamente, com o intuito de ser desmaiada, precedendo a violência sexual que receberia como parte de um suposto ritual.
O julgamento foi iniciado na quarta-feira (20) e teve a sentença lida na noite desta quinta-feira (21), em audiências realizadas na Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Parauapebas.