O caso Vinícius Junior acendeu um alerta em praticamente todo o mundo contra manifestações de preconceito contra atletas nos campos de futebol. No entanto, as ofensas não ocorrem apenas na Europa, mas também no Brasil – e têm aumentado nos últimos anos. Além disso, não se tratam apenas de racismo, mas também de homofobia.
Segundo um levantamento do Observatório da Discriminação Racial do Futebol, o Brasil viveu um aumento no número de ocorrências de racismo no ano passado. Em 2021, o Observatório registrou 64 situações de racismo. Já em 2022, foram comprovadas 90 situações – um aumento de 40%. A alta se dá porque os atletas têm tomado consciência da necessidade de se fazer denúncias contra as ofensas.
“O jogador de futebol compreendeu que aquilo que acontece em campo, que ele dizia que deveria morrer em campo, ele já entende que isso é crime, que o racismo é crime, não pode morrer em campo e precisa ser denunciado”, diz Marcelo Carvalho, diretor-executivo do Observatório.
Já o coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ, em parceria com a CBF, afirma que episódios de homofobia passaram de 42 em 2021 para 74 em 2022 – um crescimento de 76%. Algo que tanto quem está em campo como quem vai ao estádio sente na pele.
“Muitos deixaram de jogar muito tempo atrás justamente por causa com esse preconceito. Então a gente tentou mostrar para eles que não era essa barreira que impedia. Mostrar que a qualidade técnica, técnica não tem a ver com a orientação sexual deles”, argumenta Bruno do Carmo, presidente do Alligaytors – time formado por homossexuais.
Fonte: g1.globo.com
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