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Catadora recolhe restos de lixo de feira para comer: ‘Tem que pegar assim que chega porque aqui tem muito rato’

Sem dinheiro para comprar botijão, Claudia faz comida em fogão à lenha improvisado para ela e alguns vizinhos. A mineira, que mora sob um pontilhão em São Paulo, conta que tem dificuldade de encontrar emprego porque já foi presa.

Mais de 63 milhões de brasileiros vivem em situação de insegurança alimentar no Brasil atualmente, segundo a ONU. Uma delas é a mineira Claudionice Raimunda, que depende de restos encontrados no lixo para sobreviver.

Perto de onde mora, sob um pontilhão de São Paulo, há um terreno onde é feito o descarte de restos de feira para serem usados para fazer adubo, e é lá que ela encontra boa parte dos alimentos que come: verduras e frutas que ainda possam ser aproveitadas por ela e a família. O resto vem de doações.

“Sempre tem alface, repolho, couve. Vem bastante coisa boa. A gente só aproveita elas quando chega, a gente pega na hora. Tem que pegar ser no dia porque aqui tem muito rato”, diz Claudia, que sem dinheiro para comprar botijão, faz comida em um fogão à lenha improvisado para ela e alguns vizinhos.

Catadora de materiais recicláveis, ela contou ao Profissão Repórter que tem dificuldade de arrumar trabalho porque já foi presa. Era usuária de cocaína, se envolveu com traficantes e acabou atrás das grades por tráfico de drogas.

“Quando você tem passagem pela polícia, seu nome fica sujo. Então, a população não confia mais em você e para você retornar à sua vida normal é muito difícil”, lamenta.

Fonte: g1.globo.com



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